China apoia luta legal da Huawei contra Governo norte-americano
O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, disse hoje apoiar a luta legal da gigante das telecomunicações Huawei contra o Governo dos Estados Unidos, afirmando que as empresas chinesas não devem ser "cordeiros silenciosos".
© Reuters
Tech Tecnologia
Wang disse que Pequim "tomará todas as medidas necessárias" para defender as empresas chinesas e que incentiva as firmas do país a usarem "armas legais" para se defenderem.
Questionado em conferência de imprensa sobre a detenção de uma executiva da Huawei no Canadá, a pedido dos Estados Unidos, Wang afirmou que se trata de um caso de "deliberada repressão política".
A diretora financeira da Huawei, Meng Wenzhou, foi detida, em dezembro passado, a pedido dos EUA, durante uma escala de um voo, em Vancouver, por ter alegadamente violado sanções contra o Irão.
O processo de extradição já foi, entretanto, formalmente iniciado.
O Congresso dos EUA proíbe ainda agências governamentais de comprarem produtos da Huawei, ao abrigo da Lei de Autorização de Defesa Nacional, por considerar que a empresa serve a espionagem chinesa.
Na quinta-feira, a Huawei anunciou que moveu uma ação contra o governo norte-americano, devido à restrição dos seus produtos.
"Esta proibição não só é ilegal, como também impede a Huawei de agir em concorrência livre e prejudica os consumidores norte-americanos", disse o presidente rotativo da empresa, Guo Ping.
Guo considerou que a decisão do governo de Donald Trump é "inconstitucional" e constitui uma interferência no mercado.
A decisão da fabricante chinesa surge após ter sido acusada de 13 crimes por procuradores norte-americanos, incluindo fraude bancária e espionagem industrial.
Os EUA têm ainda pressionado vários países, incluindo Portugal, a excluírem a Huawei na construção de infraestruturas para redes de Quinta Geração (5G), a Internet do futuro.
As redes sem fio 5G destinam-se a conectar carros autónomos, fábricas automatizadas, equipamento médico e centrais elétricas, pelo que vários governos passaram a olhar para as redes de telecomunicações como ativos estratégicos para a segurança nacional.
A empresa tem rejeitado alegações sobre a segurança da sua tecnologia 5G, insistindo que não tem "portas traseiras" para aceder e controlar qualquer dispositivo, sem o conhecimento do usuário.
Wang Yi não detalhou sobre como o governo chinês pode apoiar a empresa na sua batalha legal.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com