"Não, a internet não vai acabar”. A resposta da Comissão aos Youtubers
Comissão Europeia esclarece polémica referindo que a Europa é um lugar de liberdade.
© Instagram/Comissão Europeia PT
Tech Artigo 13
��Caros Youtubers, Não, a internet não vai acabar”. É esta a resposta da Comissão Europeia ao vídeo publicado por Wuant e que gerou reboliço entre os internautas depois de este alegar que a internet estaria à beira do fim.
A polémica teve início depois de o YouTube enviar uma carta a Paulo Borges, em que a plataforma de vídeos alertava Wuant para o facto de que o Artigo 13, aprovado em setembro, seria o "fim da internet" e que era preciso alertar os internautas para esta situação. O YouTuber não perdeu tempo e lançou o alerta, através de um vídeo.
Wuant gerou o pânico entre os mais novos, que se questionavam como iam viver sem a internet, enquanto do outro lado muitos pediam para se ter calma, porque as consequências da aplicação deste artigo não seriam assim tão drásticas.
A resposta oficial surge agora pela própria comissão, que numa espécie de carta dirigida aos Youtubers esclarece a situação.
“Venho dizer-vos que não há razões para se preocuparem. E sabem porquê? Porque… …não, o vosso canal de YouTube não vai desaparecer. …não, a internet (como a conhecemos) não vai desaparecer. …não, os memes não vão desaparecer”, garante a instituição, pela voz de Sofia Colares Alves, Representante da Comissão Europeia em Portugal.
Depois de ver “com atenção, os vídeos e publicações, onde falam sobre a vossa preocupação com a Diretiva sobre os Direitos de Autor”, a instituição garante que a diretiva vai antes proteger melhor os internautas.
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Isto porque, vai “dar força [aos YouTubers] enquanto criadores de conteúdos” uma vez vai proibir que outros lucrem com o uso indevido ao copiar ou utilizar trabalho alheio. Esclarece também que os memes não vão deixar de existir, dado que estes “são protegidos por uma exceção na Diretiva de Direitos de Autor de 2001”, e em que o que o que se propõe "é que os memes que sejam denunciados e apagados indevidamente das redes sociais possam ser rapidamente republicados”.
“Caros youtubers, A União Europeia é um lugar de liberdade de expressão. Não é à toa que tantos milhares de imigrantes sofrem para cá chegar. A liberdade, a informação e as sociedades democráticas fazem parte do nosso ADN. É por isso que apostamos no Erasmus, no fim do roaming, no fim do geoblocking e no InterRail gratuito para os jovens com 18 anos. E isso não vai mudar”, pode ler-se.
Numa publicação partilhada no Instagram, esclarece-se, ainda, que o artigo 13 "dirige-se, isso sim, a plataformas como o YouTube, que têm lucrado graças a conteúdos que não cumprem as leis de direitos de autor".
Pata culminar, esclarece-se ainda que "esta polémica não tem nada que ver com «censura», nem com o «fim da Internet». Na verdade, só confirma o que já sabemos: uma informação errada, ainda que partilhada 1500 vezes, não passa a ser verdade".
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