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Conteúdos terroristas estão a migrar e são mais difíceis de monitorizar

A vigilância cada vez mais apertada das grande plataformas está a provocar uma migração de conteúdos terroristas para redes mais pequenas e mais difíceis de monitorizar, alertaram hoje, na Web Summit, vários especialistas, enfatizando a necessidade de regulação eficaz.

Conteúdos terroristas estão a migrar e são mais difíceis de monitorizar
Notícias ao Minuto

15:36 - 06/11/18 por Lusa

Tech Web Summit

Durante um painel que abordou o extremismo online, Julian King, o comissário para a Segurança da Comissão Europeia assinalou a "ameaça real" que a radicalização online representa para a Europa.

"Houve um elemento online em todos os ataques terroristas que tivemos na Europa nos últimos dois anos. Temos um problema verdadeiro que temos de resolver agora. Temos 14 ou 15 plataformas que se comprometeram verdadeiramente, mas a Europol trabalha com 200 plataformas com conteúdo terrorista. Temos um grande problema", disse.

Por isso, a Comissão Europeia propõe que a regulação, que apresentou recentemente, permita banir legalmente a difusão destes conteúdos, impondo não apenas obrigações para as plataformas, mas também para os próprios Estados membros.

"Os estados-membros têm de levar esta questão a sério, quando encontram algo que é claramente conteúdo terrorista ilegal devem poder notificar a plataforma em causa e a plataforma deve avaliar e agir", sustentou.

Adam Hadley, diretor da Tech Against Terrorism, uma organização que trabalha com as Nações Unidas na resposta à disseminação de ideias terroristas na Internet, alertou para as mudanças na forma como os grupos e organizações terroristas estão a passar as suas mensagens, em resposta a uma maior vigilância a que estão sujeitos nas grandes plataformas.

"O que notamos é que nestes últimos anos estes conteúdos estão a migrar para pequenas plataformas e são agora muito mais difíceis de detetar", disse, considerando que pouco "tem sido feito" para alcançar a regulação "bem feita".

O diretor da Tech Against Terrorism entende que a regulação ao nível de cada país ou área não será eficaz, defendendo em contrapartida uma regulação do sistema.

Adam Hadley apontou como um exemplo do muito que ainda falta fazer para chegar à regulação eficaz, o facto de, por exemplo, organizações como as Nações Unidas e a União Europeia terem listas de organizações terroristas diferentes.

Por outro lado, alertou para os cuidados a ter definição do que são conteúdos terroristas, para não ultrapassar a linha que define a liberdade de expressão.

Segundo Julian King, para funcionar, a regulação terá de abranger pelo menos a Europa e os Estados Unidos.

Mas, enquanto esse acordo não é alcançado, defendeu que é preciso "abordar o problema" e "fazer o possível" com os instrumentos atuais.

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