Fundador do Instagram quis afastar-se das "selfies e hashtags"
Para Kevin Systrom, “ninguém deixa o emprego porque está tudo excelente”.
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Tech Legado
O fundador e ex-CEO do Instagram, Kevin Systrom, falou pela primeira vez desde que se afastou da rede social no mês passado, relegando todo o controlo da empresa para o Facebook que a adquiriu a plataforma em 2012 por cerca de mil milhões de dólares.
Diz Systrom que antes de tomar a decisão reuniu-se com o outro fundador da empresa, Mike Krieger. “Quando me sentei com o Mike e começámos a falar, começámos a falar sobre o legado que queríamos deixar. Foi algo do tipo, ‘O que queríamos ter concretizado? É uma questão de receita? É uma questão dos utilizadores?’ Pareceu tudo muito vazio”, admitiu Systrom de acordo com o Recode.
Apesar disso, Systrom e Krieger consideraram que o Instagram foi bem-sucedido no combate ao assédio e abuso online, uma área em que ainda há trabalho a fazer mas que os fundadores esperam que seja continuado pelos novos responsáveis. “Este é o tipo de legado que queríamos deixar. Nada de selfies e hashtags. Isto é bom, ajudou-nos a crescer. Mas o tipo de marca que queres deixar no mundo não tem nada a ver com isso e tem tudo a ver com redes sociais e internet de uma forma abrangente”, explicou Systrom.
Sobre o que o levou juntamente com Krieger a abandonar o Instagram (e o Facebook), Systrom continuou sem elaborar. “Pensa quando abandonas alguma coisa, há obviamente motivos para o fazeres. Ninguém deixa o emprego porque está tudo excelente”, apontou o fundador do Instagram.
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