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BMW i3, um carro que a cidade acolhe de 'braços abertos'

Tivemos a oportunidade de conduzir o ‘pequeno’ elétrico da BMW e contamos-lhe como foi a experiência.

Notícias ao Minuto

08:00 - 21/09/18 por Miguel Patinha Dias

Auto Testes

O espaço proporcionado no interior é a primeira coisa em que se repara quando se entra num BMW i3. Sim, continua a ser um carro compacto mas isso não significa que não dê ‘espaço de manobra’ ao condutor e passageiros. O cuidado dos acabamentos com o ‘tablier’ em madeira também é um toque digno de nota, com os cintos de segurança de azul elétrico a destoarem claramente das cores discretas usadas em todo o interior.

Considerações sobre o interior à parte, é altura de meter por fim o pé no acelerador e é aí que este i3 mostra as suas verdadeiras ‘cores’. Diz-se que a impressão inicial é a mais importante e, no caso deste elétrico da BMW, acaba por se verificar.

Ao convite da BMW Portugal, o Tech ao Minuto teve a oportunidade de experimentar por uns dias o BMW i3, um modelo com qual a fabricante alemã pretende convencer habitantes de grandes cidades a optarem por um carro elétrico. Neste caso, o i3 é um forte argumento a favor deste tipo de veículos, ainda que esteja longe de ser perfeito.

Mas vamos por partes. O i3 é um verdadeiro prazer de conduzir. A rápida aceleração caraterística de um carro elétrico torna-o um carro divertido de conduzir, com o sistema de travagem a contribuir ao mesmo tempo para um sentimento de segurança que se converte em grande confiança da parte do condutor. E quem não gosta de se sentir assim a conduzir por uma cidade?

Fica claro logo à partida que o BMW i3 foi desenvolvido especialmente para circular em grandes metrópoles. O design exterior compacto (que terá os seus apoiantes e críticos) é uma pista para isso mesmo, mas também o é a autonomia da bateria. Numa única carga, é possível ao condutor circular por pouco mais de 200 quilómetros (menos que em rivais mais diretos como o Leaf da Nissan) mas, numa cidade, pode não precisar de mais. Mas o que acontece quando tiramos o i3 do seu ‘elemento'?

Durante os dias que tivemos o BMW i3 à disposição pudemos levá-lo numa viagem um pouco maior – da região de Lisboa até à zona de Abrantes, na Beira Baixa – e, sem surpresa, constatámos que é um carro pouco recomendável para levar nestas viagens. Em auto-estrada a uma velocidade média de 100km/h o i3 tem uma autonomia não superior a 130 quilómetros, algo baixo ainda que seja confortável e disponha de todas as comodidades para a tornar tão agradável quanto possível. O i3 vai ao ponto de sacrificar assentos para passageiros – permite sentar apenas quatro – para tornar a viagem mais confortável. Mesmo as ‘portas’ para os lugares traseiros abrem a partir do centro do veículo, o que significa que os passageiros têm espaço suficiente para entrar sem ser demasiado apertado.

O BWM i3 faz claramente todos os possíveis para ser confortável mas, em viagens grandes, terá de ter paciência e planear bem as suas paragens para que o possa carregar nas estações de serviço que tenham carregadores. Felizmente, o carro está equipado com ferramentas para lhe facilitar o trabalho. O sistema de navegação inclui mapas com sugestões de paragens para recarregamento, dispondo até de três modos de condução para que consiga tirar o maior partido da bateria: Comfort, Eco Pro e Eco Pro +.

Nota também para o sistema de som Harman Kardon e painel de controlo do carro que, como vem a ser hábito na BMW, integra como principal forma de navegar pela interface uma pequena roda giratória. Sem qualquer painel tátil, o i3 evita que o condutor se distraia a tocar no painel de controlo e consiga navegar de forma intuitiva pelas várias opções. Seria bom que o ecrã apresentasse uma melhor definição ou fosse um pouco maior mas, se fosse o caso, é possível que o interior não fosse tão elegante quanto é.

A bateria pode ser insuficiente para viagens de distâncias maiores mas, regressando à cidade, está de volta também o que torna o i3 especial. É um carro compacto, dinâmico e sobretudo muito divertido de conduzir que vai desejar que tivesse um pouco mais de autonomia para que as paragens não fossem tão frequentes.

Pontos fortes

  • Design interior elegante e confortável
  • Divertido de conduzir devido à aceleração pronta e travagem perspicaz
  • Painel de controlo intuitivo
  • Sistema de som com colunas Harman Kardon

Pontos fracos

  • Autonomia adequada para cidades mas insuficiente para viagens maiores

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