Musk: "Este ano tem sido o mais difícil e doloroso da minha carreira"
O CEO da Tesla deu uma entrevista ao New York Times em que explicou o ‘tweet’ onde revelou a vontade de privatizar a empresa.
© Reuters
Tech Entrevista
Com apenas um ‘tweet’, o CEO da Tesla e conhecido empreendedor Elon Musk fez com que as ações da empresa valorizassem 11% e lançou investidores, jornalistas e os próprios colaboradores num frenesim insólito. “Estou a considerar privatizar a Tesla por 420 dólares [por ação]. O financiamento está assegurado”, pode ler-se no fatídico tweet publicado no dia 7 de agosto.
Numa recente entrevista ao New York Times, Elon Musk explicou origem do ‘tweet’ e diz não estar arrependido. “Porque estaria?”, questiona-se Musk, consciente das explicações pedidas pelo SEC (Securities and Exchange Commission) de São Francisco no dia seguinte e da alegada ira dos membros do conselho de administração da Tesla, que não foram consultados sobre a vontade do CEO de privatizar a empresa.
Elon Musk reunir-se-á com o SEC na próxima semana para falar sobre o assunto mas, entretanto, o conhecido empreendedor ofereceu um vislumbre da sua vida nos últimos meses, admitindo estar a trabalhar para cima de 120 horas por semanas. “Houve vezes em que não deixei a fábrica [da Tesla] durante três ou quatro dias – dias em que não via o exterior. Isto veio às custas de não ver os meus filhos. E de ver os meus amigos”, admitiu Musk.
Diz o líder da Tesla que o motivo do seu stress é também causado em larga medida pelos investigadores que estão a apostar na destruição da empresa, comprando e vendendo as respetivas ações pouco depois de modo a “criar uma narrativa”. "Este ano tem sido o mais difícil e doloroso da minha carreira", reflete Musk.
Durante a entrevista parece notório o cansaço e fardo carregados por Musk, com o próprio a admitir que abdica dos cargos que ocupa na Tesla caso haja alguém mais indicado. “Se tiverem alguém que consiga fazer um trabalho melhor, por favor digam-me. Pode ficar com cargo. Há alguém que consiga fazer um trabalho melhor? Podem tomar as rédeas agora mesmo”.
Contactada a propósito da entrevista, a Tesla emitiu um comunicado diz que é clara a “dedicação e compromisso” de Elon Musk, depositando no seu líder os créditos que “levaram a Tesla a crescer de uma pequena startup a ter centenas de milhar de carros nas estradas”.
Se é fã de Elon Musk e tem seguido o trabalho da Tesla, vale a pena ler a entrevista do New York Times.
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