Casafari quer ser o Trivago do imobiliário e já chegou a Portugal
A plataforma Casafari, que quer ser o Trivago do imobiliário ao comparar preços de casas e escritórios, chegou a Portugal reunindo ofertas em Lisboa, Porto e Algarve, e pretende contratar 10 especialistas na área da tecnologia no país.
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Criada por empreendedores estrangeiros, a Casafari, que começou por operar em Espanha em 2016, agrega agora na mesma plataforma mais de seis milhões de referências e de cinco mil fontes sobre imóveis dispersos por diferentes páginas na internet, isto tendo em conta a oferta em Portugal.
Em declarações à agência Lusa, uma das cofundadoras do projeto, Mila Suhareva, explicou que "a grande diferença [para outras plataformas] é que a Casafari confere todo o mercado imobiliário".
"Com soluções de inteligência artificial, conseguimos identificar que se trata do mesmo imóvel e disponibilizamos no mesmo sítio toda a informação sobre esse mesmo imóvel, tal como acontece no Trivago", acrescentou a responsável, aludindo ao motor de busca que também compara preços, mas de hotéis, criado em 2005 na Alemanha.
De acordo com Mila Suhareva, existem "vários 'sites' de imobiliário [...], muitas das vezes multiplicando informação sobre o mesmo imóvel, que chega a estar em 10, 20 ou 30 páginas com diferentes preços e diferentes dados como a área, o número de quartos e a localização".
É essa lacuna que a Casafari quer preencher, já que, de acordo com a responsável, "além de se evitar a multiplicação de resultados, a informação aparece mais limpa e mais completa", o que "torna o mercado mais eficiente e mais transparente".
Direcionada para profissionais do setor, a plataforma já trabalha com agências imobiliárias como a Sotheby's International Realty, a Century 21, a RE/MAX Prestige, a JLL, Fine&Country, a Engel & Völkers, entre outras.
Em Portugal, disponibiliza informação sobre imóveis em Lisboa (freguesias de Alcântara, Avenidas Novas, Belém, Campo de Ourique, Estrela, Misericórdia, Beato, Parque das Nações, São Vicente, Santa Maria Maior e Santo António), Cascais (Alcabideche, Cascais e Estoril, Carcavelos e Parede), Porto (Amarante, Castro Marim e cidade do Porto) e Algarve (Silves, Faro, Loulé, Lagos, Tavira, Portimão, Vila do Bispo, Albufeira, Aljezur e Lagoa).
A Casafari aponta, na sua página na internet, que os preços médios para apartamentos e casas rondam, respetivamente, os 2.500 euros e os 1.500 euros por metro quadrado no Porto.
Estes valores para apartamentos e moradias sobem para 2.700 euros e 2.800 por metro quadrado no Algarve, para 4.000 euros e 3.600 euros por metro quadrado em Cascais e ascendem aos 4.400 euros e 4.300 euros por metro quadrado em Lisboa, respetivamente.
Segundo Mila Suhareva, "existem mais compradores e maior interesse pela área residencial" no país, razão pela qual esta oferta equivale a 80% do total, enquanto a comercial representa 20%.
Para preparar a entrada em Portugal, a Casafari chegou a Lisboa no verão de 2017.
Mila Suhareva justificou que na capital portuguesa é possível "encontrar muito bons profissionais" na área da tecnologia, "com conhecimentos em inteligência artificial", e também devido à "rede de contactos" existente.
Ao todo, a Casafari emprega cerca de 15 pessoas no país (nem todos portugueses) e pretende recrutar mais 10 ainda este ano na área da tecnologia, entre os quais especialistas no tratamento de dados e investigadores.
Após um investimento inicial de mais de um milhão de euros no projeto, a Casafari aplicou cerca de 100 mil euros na expansão para Portugal, montante que não inclui alguns recursos técnicos da plataforma que já existiam, adiantou Mila Suhareva.
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