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Centeno. "Diploma é de tal forma irresponsável que esconde a despesa"

Mário Centeno afirmou esta sexta-feira, em entrevista à SIC, que o diploma em causa para a contabilização total do tempo de serviço dos professores é "irresponsável" e foi feito escondendo despesa e "manhosamente" atirando para o futuro o tempo a recuperar.

Centeno. "Diploma é de tal forma irresponsável que esconde a despesa"
Notícias ao Minuto

20:33 - 03/05/19 por Anabela Sousa Dantas

Economia Ministro

O ministro das Finanças, Mário Centeno, disse, em entrevista posterior à posição tomada esta sexta-feira pelo primeiro-ministro, de que se demite caso a contabilização total do tempo de serviço dos professores seja aprovada em votação final global, que está “tranquilo”.

“Estamos com a consciência de que fizemos o que tínhamos que fazer”, adiantou, na antena da SIC, urgindo "clarificação" para esta matéria, tanto em "relação aos objetivos deste diploma" como "em relação ao futuro do equilíbrio financeiro do país", que é "uma preocupação que acompanha este Governo desde o início", garantiu.

No entender de Mário Centeno, “o princípio da irresponsabilidade financeira é consumir hoje pensando que não temos que pagar no futuro”. “E é aí que a irresponsabilidade reside neste diploma. Ele foi feito de tal maneira irresponsável que esconde a despesa, que manhosamente coloca no futuro - e numa discussão que se colocaria todos os anos com elevadíssimo prejuízo para a escola pública - o tempo a recuperar”, indicou.

“Havia uma certa condicionalidade nos projetos originais do PSD e do CDS que desapareceu na versão final, ou seja, não há nenhuma condicionalidade. Não se condiciona ao estado da Economia nem ao estado das Finanças Públicas, ao contrário do que acontecia nas normas do Orçamento do Estado”, acrescentou.

Mário Centeno atira, ainda, que o diploma é uma jogada política da esquerda. “Na sua raiz, este diploma corresponde às propostas do CDS e do PSD, o que a Esquerda fez foi abster-se em boa parte do diploma para deixar passar a Direita. O que ontem vimos foi a Esquerda a desviar-se para ser ultrapassada pela Direita e aprovar algo que não estava nas nossas posições comuns”.

Sobre a ameaça de demissão veiculada por António Costa, o ministro das Finanças esclarece: “Aquilo que o Governo hoje disse foi que as consequências de um diploma que pode vir a ser aprovado na semana que vem, na Assembleia da República, trazem consequências para as decisões futuras do país”.

“Nenhum partido com assento parlamentar colocou esta matéria no seu programa eleitoral”, acrescentou.

“Passamos de uma despesa de 240 milhões de euros para uma despesa de 800 milhões de euros. Esta é a diferença”, sublinhou, respondendo à pergunta sobre que impacto teria a aprovação do documento.

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