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Greve dos enfermeiros é "selvagem" e "atenta contra dignidade de doentes"

António Costa dirige várias críticas à greve dos enfermeiros em blocos operatórios, convocada pela Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) e pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor).

Greve dos enfermeiros é "selvagem" e "atenta contra dignidade de doentes"
Notícias ao Minuto

15:56 - 01/02/19 por Anabela de Sousa Dantas com Lusa

País António Costa

O primeiro-ministro anunciou esta sexta-feira, em declarações aos jornalistas, que o Governo irá recorrer a "todos os meios legais" para "impedir que haja a prática do recurso ilegal à greve, o abuso dos direitos que prejudicam os doentes, e que haja o exercício das funções sindicais por instituições que legalmente estão expressamente proibidas de terem qualquer atividade sindical".

António Costa fala sobre a greve dos enfermeiros em blocos operatórios, que começou na quinta-feira e prologa-se até 28 de fevereiro, após as negociações entre as estruturas sindicais e o Ministério da Saúde terem terminado na quarta-feira de forma inconclusiva.

A greve, sublinhe-se, foi convocada pela Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) e pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor).

"Não podemos confundir aquilo que é o exercício da atividade sindical, aquilo que é o exercício legítimo do direito à greve, com práticas que não são de greves cirúrgicas mas de greves selvagens que visam simplesmente atentar contra a dignidade dos doentes, contra as funções do SNS, que são absolutamente ilegais e relativamente aos quais as instituições não podem ficar impassíveis porque nos cabe, em todas as circunstâncias, assegurar a legalidade", contestou o primeiro-ministro.

Esta é a segunda greve aos blocos operatórios, depois de uma primeira paralisação idêntica em cinco grandes hospitais, que durou mais de um mês - de 22 de novembro a 31 de dezembro - e levou ao cancelamento ou adiamento de quase oito mil cirurgias.

O primeiro-ministro avançou que terá de haver uma clarificação sobre a forma de financiamento das greves, numa alusão ao recurso ao finanaciamento dos sindicatos através de 'crowdfunding' porque "não pode haver qualquer dúvida que manche a dignidade do movimento sindical".

A nova greve, que arrancou ontem, abrange sete centros hospitalares: São João e Centro Hospitalar do Porto, Centro de Entre Douro e Vouga, Gaia/Espinho, Tondela/Viseu, Braga e Garcia de Orta.

No final da semana passada, o Sindepor lançou um novo pré-aviso para alargar a greve a mais três centros hospitalares entre 8 e 28 de fevereiro: Centro Hospitalar de Coimbra, Centro Hospitalar Lisboa Norte e Centro Hospitalar de Setúbal.

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