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CDS insiste na audição de ex-segundo comandante da Proteção Civil

O CDS-PP anunciou hoje que vai pedir o reagendamento da audição do ex-segundo comandante nacional da Autoridade Nacional da Proteção Civil Albino Tavares, criticando o presidente da primeira comissão parlamentar por ter "decidido unilateralmente" que a audição era prescindível.

CDS insiste na audição de ex-segundo comandante da Proteção Civil
Notícias ao Minuto

22:28 - 24/04/18 por Lusa

Política Agenda

Numa declaração hoje no parlamento, a deputada centrista Vânia Dias da Silva disse que o CDS-PP foi, na segunda-feira, "surpreendido com o cancelamento" da audição requerida pelo partido ao coronel Albino Tavares, no seguimento do último relatório da comissão técnica independente que analisou os incêndios de 2017.

O pedido de audição perante a comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, pretendia confrontar o ex-responsável da Proteção Civil com as declarações do ex-secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, que desmentiu Albino Tavares.

O objetivo do CDS-PP era promover algo semelhante a uma acareação, pondo em confronto as declarações contraditórias.

Vânia Dias da Silva disse que o presidente da primeira comissão parlamentar "entendeu que era prescindível a presença" do ex-segundo comandante nacional, uma vez que este reafirmava "rigorosamente tudo o que já havia dito" e que considerava que a sua presença "seria redundante".

"O CDS obviamente discorda, acha que não é de todo prescindível, acha que é essencial depois de haver desmentidos e acusações de falsidade do senhor secretário de Estado, que faz todo o sentido que o senhor coronel venha a esta primeira comissão e não deixará de insistir novamente para que seja respeitada uma deliberação da comissão que o senhor presidente não pode unilateralmente decidir desfazer", disse a deputada.

Vânia Dias da Silva acrescentou que "o CDS não deixará de pedir novamente que seja marcada a audição tal e qual foi aprovada pela primeira comissão" e que esta "é soberana", dizendo ainda que "não é o senhor presidente que pode decidir desfazer o que a comissão decidiu".

O pedido do CDS-PP para ouvir o segundo comandante operacional nacional à data, coronel Albino Alves, relaciona-se com declarações contraditórias entre este e o antigo secretário de Estado da Administração Interna Jorge Gomes, atual deputado socialista, sobre os meios disponíveis.

Além do atual responsável da tutela, Eduardo Cabrita, os grupos parlamentares de PSD, BE e CDS-PP pediram, no início do mês, para ouvir a Autoridade Nacional de Proteção Civil, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a associação de vítimas dos incêndios florestais, a Liga dos Bombeiros Portugueses, a Associação Nacional de Bombeiros e a Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários.

O relatório da comissão técnica independente sobre a tragédia de outubro foi entregue na Assembleia da República em 20 de março concluindo por falhas na capacidade de "previsão e programação" para "minimizar a extensão" do fogo, perante as previsões meteorológicas de temperaturas elevadas e vento.

Os peritos consideram que tem de haver "flexibilidade para haver meios de previsão e combate em qualquer época do ano" e defendem a criação de uma unidade de missão para reorganizar os bombeiros.

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