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Mesa Nacional do BE reúne-se hoje focada na política de habitação

A Mesa Nacional do BE, órgão máximo do partido entre convenções, reúne-se hoje, em Lisboa, tendo no centro da discussão a política de habitação, e que deverá ainda decidir a data da Convenção Nacional deste ano.

Mesa Nacional do BE reúne-se hoje focada na política de habitação
Notícias ao Minuto

06:53 - 22/04/18 por Lusa

Política Catarina Martins

No final da reunião, que decorre num hotel de Lisboa, está prevista uma conferência de imprensa, conforme é habitual, da coordenadora do BE, Catarina Martins.

Segundo informação avançada à agência Lusa por fonte oficial do partido a escolha do tema prende-se com o facto de "ao velho problema da ausência de uma política pública de habitação se juntarem problemas novos".

Os novos problemas da habitação são, de acordo com os bloquistas, "decorrentes do aumento da pressão turística e das alterações legislativas impostas pela direita para permitir o aumento das rendas e a liberalização dos despejos".

"Esta prioridade deve ter resultados já no início do próximo mês, com a discussão e votação das propostas que acabam com o balcão dos despejos criado por Assunção Cristas e garantem estabilidade dos contratos, controlando o preço das rendas", apelam.

A líder do BE, Catarina Martins, anunciou precisamente na quinta-feira propostas de alteração legislativa "para terminar com a loucura dos despejos da lei de arrendamento de Assunção Cristas", tema que irá à Assembleia da República no dia 04 de maio.

Apesar destas alterações urgentes à lei do arrendamento, Catarina Martins reiterou que o BE defende "mudanças de longo curso" na habitação, garantindo empenho "em opções de investimento público que permitam aumentar a habitação pública em Portugal", que representa apenas 2%.

A Mesa Nacional do BE de hoje deverá ainda decidir a data da XI Convenção Nacional, que decorrerá no último trimestre deste ano.

De acordo com a mesma fonte do partido, esta reunião decorre "num contexto em que os dados da economia confirmam o que tem vindo a ser defendido pelo Bloco de Esquerda" e, por isso, não há "qualquer razão para inverter este caminho", na opinião dos bloquistas.

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