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“Não há 20 milhões de euros durante 10 anos para crianças oncológicas?"

Luís Marques Mendes afirmou, a propósito da polémica em torno da ala pediátrica do São João, que quando há uma situação de emergência, na banca ou em qualquer lado, "arranja-se dinheiro". Por isso, sublinhou, "não há perdão possível" para o problema do hospital do Porto se arrastar há dez anos.

“Não há 20 milhões de euros durante 10 anos para crianças oncológicas?"
Notícias ao Minuto

23:39 - 15/04/18 por Melissa Lopes

Política São João

Luís Marques Mendes diz ter ficado “surpreendido” e “chocado” com a polémica relacionada com a pediatria do Hospital de São João, no Porto, onde crianças chegaram a receber tratamento de quimioterapia nos corredores.

Para o comentador da SIC, o caso “demonstra uma enorme insensibilidade social” que não atinge só este Governo, nem só o que antecedeu. “Isto arrasta-se há 10 anos, passaram pelo menos três governos. Se pusermos de lado a politiquice, porque todos têm responsabilidades, isto é um caso de enorme insensibilidade social”, disse, assinalando esta como uma questão prioritária face a todas as outras.

“Pode não haver dinheiro para aumentar funcionários públicos, para a Cultura, para fazer investimentos em obras públicas, mas não há 20 milhões durante 10 anos para construir uma ala pediátrica para crianças oncológicas?”, questionou, considerando que “não há perdão possível, de nenhum partido” para uma situação destas.

Reforçando o quão indignado se sente, Marques Mendes afirmou que a política “não pode ser uma questão apenas de jogadas”. “A política tem que ter sensibilidade social (…) Fico mesmo chocado com isto”, frisou, voltando a insistir: “Ao longo de 10 anos, passam vários ministros e não foram capazes de encontrar 20 milhões de euros? Não houve atenção a esta prioridade? 20 milhões eu sei que é dinheiro, mas quando há uma situação de emergência na banca, ou em qualquer lado, arranja-se dinheiro”, notou o social-democrata.

Marques Mendes vê esta polémica como “uma vergonha”. “Num país como Portugal que faz alarme de ter a Web Summit, de estar na vanguarda do digital e da inovação, da modernidade, depois tem situações desta natureza”, assinalou, acrescentando que “provavelmente” o São João “não é caso único no país”. “Mas acho que devia servir de lição para as pessoas que estão em funções de responsabilidade terem um pouco mais de sensibilidade social”, rematou.

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