Meteorologia

  • 24 ABRIL 2024
Tempo
16º
MIN 12º MÁX 24º

Cristas acusa Centeno de ausência de sensibilidade e humanidade

A presidente do CDS-PP acusou esta quarta-feira o ministro das Finanças de não ter "nenhuma sensibilidade, nenhuma humanidade" para a saúde, defendendo que os centristas vão "esperar para ver" a concretização das obras no hospital de São João.

Cristas acusa Centeno de ausência de sensibilidade e humanidade
Notícias ao Minuto

18:42 - 11/04/18 por Lusa

Política CDS

"Vamos esperar para ver. Foi preciso um grande alarde público para arrancarmos do ministro das Finanças uma declaração de que vai resolver. Estaremos atentamente a exigir essa resolução", disse Assunção Cristas aos jornalistas sobre a garantia dada por Mário Centeno no parlamento de que as obras na ala pediátrica do hospital de São João, no Porto, vão avançar.

A líder do CDS-PP assinalou o dia internacional de doença de Parkinson com um encontro com a Associação Portuguesa da Doença de Parkinson, acompanhada pela deputada Isabel Galriça Neto, reiterando a necessidade de uma estratégia nacional para as demências e da regulamentação do estatuto do cuidador.

"O CDS continuará nestas áreas a ter forte ação política, lamentando que o ministro das Finanças, como hoje mostrou no parlamento, não revele nenhuma sensibilidade, nenhuma humanidade para estes temas", defendeu Assunção Cristas.

Sobre o estatuto do cuidador informal, a presidente do CDS-PP sublinhou que, "apesar do consenso alargado entre os grupos parlamentares", que levou à aprovação de uma recomendação ao Governo, o executivo não avançou para a sua regulamentação.

"O CDS continuará a batalhar por estes diplomas estruturantes, que podem fazer muito a diferença na qualidade de vida de tantos doentes e de tantas famílias, que por questões que, infelizmente, todos os dias surgem em denúncias, de cortes, cativações, de situações dramáticas um pouco por todo o país", defendeu.

Para Assunção Cristas, "a Saúde não tem sido bem tratada por este Governo".

"É bom que o primeiro-ministro perceba. O primeiro-ministro tem por hábito aparecer só quando há problemas a tentar resolvê-los, mas não de uma maneira estruturada e profunda. Espero que o primeiro-ministro entenda que tem de dar indicações claras ao ministro das Finanças ou teremos de concluir que também o primeiro-ministro é Centeno", declarou.

O ministro das Finanças escusou-se hoje a revelar quando será concretizado o investimento da ala pediátrica do Hospital de São João, no Porto, garantindo apenas que "vai avançar".

"Hoje, já não é uma questão. O investimento na ala pediátrica no São João é uma garantia porque vai avançar", disse Mário Centeno aos deputados durante uma reunião conjunta das comissões parlamentares da Saúde e das Finanças sobre o setor da saúde.

Questionado várias vezes por diversos deputados sobre a data em que as Finanças irão libertar os 22 milhões de euros necessários para a construção da ala pediátrica do Hospital de São João, Mário Centeno limitou-se a referir que "há um pacote de investimentos que está a ser trabalhado entre o Ministério da Saúde e o Ministério das Finanças", que inclui o investimento da ala pediátrica no São João.

"Sabemos há muito tempo e outros também sabiam, mas nada fizeram", disse, referindo-se ao arrastar do problema nesta unidade de saúde, que em 2015 recebeu a promessa de inauguração, sem que alguma vez avançasse.

O ministro disse por diversas vezes que o problema naquela unidade se arrasta há cerca de dez anos.

Mário Centeno acusou o anterior governo de ter lançado, por duas vezes, a primeira pedra da unidade pediátrica daquele hospital no norte, sem planeamento financeiro para aquela obra.

Esta semana foram noticiadas queixas de pais de crianças com doenças oncológicas sobre a falta de condições de atendimento dos seus filhos em ambulatório e também na unidade do 'Joãozinho', para onde as crianças são encaminhadas quando têm de ser internadas no Centro Hospitalar de São João, concelho do Porto.

Na terça-feira, o presidente do Hospital de São João, no Porto, afirmou mesmo que as condições do atendimento pediátrico são "indignas" e "miseráveis", lamentando que a verba para a construção da nova unidade ainda não tenha sido desbloqueada.

Já esta manhã, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, garantiu que "há sensibilidade do Governo" para resolver a situação.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório