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São João: "Não se pode meter na gaveta os investimentos fundamentais"

Centeno volta a a estar na mira do Bloco de Esquerda. O partido exigiu esta terça-feira, após a denúncia dos pais das crianças com cancro, que o Governo desbloqueie de imediato as verbas para a ala pediátrica do Hospital São João, no Porto. Catarina Martins lembra: "Brilharetes orçamentais têm consequências".

São João: "Não se pode meter na gaveta os investimentos fundamentais"
Notícias ao Minuto

08:30 - 11/04/18 por Melissa Lopes

Política Carreira

A notícia marcou a agenda noticiosa ontem e promete continuar esta quarta-feira a ser assunto do dia com a discussão no Parlamento. Em causa estão as condições “indignas” e “miseráveis” da ala pediátrica do hospital que, há 10 anos funciona em contentores, e que compromete os tratamentos das crianças doentes. 

A denúncia, feita pelos pais ao Jornal de Notícias, dava conta de crianças a fazer tratamentos de quimioterapia nos corredores do hospital e quartos de isolamento com buracos na parede, por exemplo. Na sequência do exposto, a administração veio admitir as condições “miseráveis”, atirando as culpas ao Governo que ainda não disponibilizou as verbas há muito prometidas para as obras necessárias.

Do lado dos partidos, o Bloco de Esquerda exigiu ainda ontem ao Governo que disponibilizasse de imediato tais verbas, considerando que não se pode “priviligiar o caminho da obsessão pelo défice e desguarnecer os serviços públicos”.

Os holofotes estão, portanto, novamente apontados ao ministro das Finanças, que o Bloco de Esquerda tem vindo a acusar de obsessão pelo défice, em detrimento dos serviços públicos e, no caso, da saúde dos portugueses. O ministro, sublinhe-se, será esta quarta-feira ouvido na comissão parlamentar de Saúde, a pedido do PSD, que agendou a audição para discutir dificuldades financeiras no setor.

Catarina Martins comenta o caso da pediatria do São João constatando que “brilharetes orçamentais têm consequências". E volta a lembrar os "compromissos votados no OE2018".  "A prioridade tem de ser cumprir os compromissos votados no OE2018, incluindo o fim das cativações na saúde, e repercutir o crescimento nos investimentos essenciais", disse. 

“Mário Centeno, esta é uma mensagem de regozijo pelo seu excelente trabalho no que toca ao défice”, ironiza o deputado Luís Monteiro.

Por seu turno, Moisés Ferreira, que apelidou a situação de “muito grave”, afirmou que “não se pode meter na gaveta os investimentos que são fundamentais à população”.

"Nós não podemos admitir no nosso país tratamentos de quimioterapia a crianças com cancro feitos em corredores dos hospitais e não podemos admitir no nosso país internamentos pediátricos em contentores sem nenhuma condição", condenou.

"Para o Bloco é muito simples. O Governo e todo o país tem que decidir o que é que quer: fazer brilharetes com 0.9 ou 0.7 de défice ou então investir na saúde das pessoas", apelou.

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