De acordo com o programa enviado por esta estrutura, o secretário-geral do PSD, José Silvano, vai marcar presença na abertura dos trabalhos, na sexta-feira à noite, e Rui Rio no encerramento, previsto para domingo pelas 12:30.

André Neves e Margarida Balseiro Lopes, ambos com 28 anos, são os dois candidatos à presidência da JSD, que tem sido liderada pelo deputado Simão Ribeiro, 31 anos, desde dezembro de 2014.

O 25.º Congresso da JSD realiza-se no Pavilhão Municipal da Póvoa de Varzim e começará, na sexta-feira, com a apreciação do Relatório de Atividades dos últimos dois anos da atual direção.

No sábado, serão apresentadas, discutidas e votadas as mais de 70 propostas políticas setoriais e apresentadas e debatidas as moções de estratégia globais dos dois candidatos.

No domingo, decorrerá, por voto secreto, a eleição dos Órgãos Nacionais da JSD, seguindo-se a sessão de encerramento dos trabalhos.

São candidatos à liderança do PSD Margarida Balseiro Lopes - deputada na atual legislatura pelo círculo de Leiria, conselheira nacional do PSD e secretária-geral da JSD -- e André Neves, vice-presidente da JSD e presidente da distrital de Aveiro desta estrutura.

André Neves apoiou o atual presidente do PSD, Rui Rio, nas últimas eleições diretas, enquanto Balseiro Lopes não declarou apoio a nenhum candidato nesta disputa interna.

Na sua moção global, Balseiro Lopes -- que, se for eleita, será a primeira mulher líder da JSD - apresenta como prioridade "a modernização e digitalização" da escola, propondo a substituição dos manuais tradicionais por digitais.

Na moção "Conquistar Portugal", na qual a educação ocupa uma parte central, a participação dos alunos na avaliação dos professores é outra das ideias da candidata à líder da JSD, que propõe alterações em todos os graus de ensino, a começar pelo pré-escolar, que quer gratuito, para já, a partir dos dois anos mas, idealmente, logo no final da licença parental.

Para lá da educação, a candidata à liderança da JSD quer colocar na agenda política o tema do Rendimento Básico Incondicional (RBI), que constava de uma moção setorial defendida no último Congresso do partido pelo ex-líder da JSD Pedro Duarte e pelo comissário europeu Carlos Moedas.

Já o candidato à liderança da JSD André Neves defende, na sua moção "É Tempo da JSD", a necessidade de "refundar as estruturas partidárias" por considerar que estas estão "caducas", o que leva a que "os jovens se distanciem da política".

Neste sentido, a moção da sua candidatura inclui propostas como a do voto digital porque, explicou o social-democrata à Lusa, "boa parte dos militantes da JSD estão noutras cidades a estudar, estão noutros países em Erasmus, estão a fazer investigação em universidades noutros continentes ou a trabalhar em multinacionais".

Também são propostas desta candidatura questões ligadas aos novos modelos de proteção social e à economia circular, tendo André Neves defendido que "deve-se readaptar o Estado social, mas sem diminuir os direitos".

A Juventude Social-Democrata é uma estrutura autónoma do PSD e tem direito a representação própria nos órgãos do partido, como o Congresso, o Conselho Nacional ou a Comissão Política Nacional.