"Suspeição sobre classe política é tão pesada que é quase irrespirável"
A lei da transparência, que está em debate na Assembleia da República, foi um dos temas abordados, esta quinta-feira, por Manuela Ferreira Leite que admite que “existe corrupção”, mas alerta para o erro de se “generalizar” e de se “achar que qualquer pessoa que se dedica à atividade política é corrupta”.
© Filipe Amorim / Global Imagens
Política Lei
No seu habitual comentário de quinta-feira à noite, na antena da TVI24, Manuela Ferreira Leite mostrou ser contra o alargamento das restrições para quem exerce cargos públicos e políticos por considerar que isso aumenta o nível de suspeição sobre os mesmos.
Nível este que, defendeu, está bastante acima do que seria saudável para a classe política. “Com o aumento do controlo lança-se uma suspeição de tal forma pesada sobre a classe política que, neste momento, é quase irrespirável”, considerou, acrescentando que a atual suspeição é “generalizada”.
“São os próprios políticos que não acreditam nos controlos que já existem”, apontou, garantindo que este ambiente “põe em bastante perigo a situação da classe política e da democracia”.
“O que vai acontecer com o alargamento [das restrições] com a nova legislação é que, praticamente, começa a não ser possível selecionar-se, de entre a sociedade civil, pessoas que queiram dedicar-se à função pública e à atividade política e ao fazer-se isto está-se a caminhar para a profissionalização dos políticos”, explicou.
E esta profissionalização, alertou, pode ser a escolha de poucas pessoas, uma vez que quem quiser “exercer esta profissão tem a sua vida totalmente condicionada”, pois qualquer jantar, almoço ou festa a que compareça vai estar sob escrutínio.
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