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"Em matéria financeira, Bloco e PCP são uma espécie de verbos-de-encher"

Luis Marques Mendes debruçou-se, este domingo, na antena da SIC, sobre a redução histórica do défice para 0,9% a reboque, também, do pesado do aumento da carga fiscal. O social-democrata refere que esta é uma vitória para o Governo socialista.

"Em matéria financeira, Bloco e PCP são uma espécie de verbos-de-encher"
Notícias ao Minuto

22:04 - 01/04/18 por Anabela de Sousa Dantas

Política Marques Mendes

Luis Marques Mendes, instado a comentar os resultados do défice no seu espaço de comentário semanal na SIC, indicou que se deve “saudar o Governo” porque “um défice de 0,9% é claramente acima das expetativas” e trata-se de uma “redução sólida, saudável e sustentável”.

Recorde-se que o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) anunciou, na semana passada, que o défice se situou em 3% do produto interno bruto (PIB) em 2017, contabilizando o impacto da Caixa Geral de Depósitos (CGD). Sem a recapitalização, porém, o défice total do ano passado foi de 0,9%, um número histórico, que superou as expectativas do Governo das principais entidades europeias.

“Um défice assim tão baixo, o mais baixo da nossa democracia, é um grande trunfo eleitoral para o Governo”, afirmou o antigo presidente do PSD, acrescentando que é também “um pesadelo para a oposição, em particular para o PSD” de Rui Rio, assim com um “embaraço para o PCP e para o Bloco de Esquerda”.

No entender de Marques Mendes, tanto PCP como Bloco de Esquerda “não são adeptos de défices baixos” por ser algo “contra as suas ideias e as suas convicções”. “Em matéria financeira, o Bloco e o PCP não contam muito em termos de decisões. Sem ofensa, são quase uma espécie de verbos-de-encher, porque não só não mandam nada, como ainda têm que engolir alguns sapos, alguns elefantes – às vezes, o zoológico todo – para que o Governo possa apresentar este défice, que é indiscutivelmente positivo”, fez sobressair.

O antigo ministro dos Assuntos Parlamentares recorda, por outro lado, “a outra face da moeda”. “O Governo é campeão do défice mais baixo da democracia, mas é, ao mesmo tempo, o campeão da carga fiscal mais alta de sempre”, lembrou.

De acordo com dados do INE, a carga fiscal aumentou para 37% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, sendo “a mais elevada de sempre”. “Este Governo que prometeu não aumentar a carga fiscal, aumentou e é a mais alta de sempre”, reforçou o social-democrata, indicando que este é “o grande calcanhar de Aquiles” do Governo de António Costa.

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