CDS-PP força Governo a acelerar classificação de infraestruturas críticas
O parlamento aprovou hoje, sem qualquer voto contra, uma resolução apresentada pelo CDS-PP para que o Governo acelere a conclusão do processo de classificação de infraestruturas críticas nacionais e a validação dos planos de segurança.
© Global Imagens
Política Telmo Correia
Esta iniciativa legislativa da bancada democrata-cristã teve apenas as abstenções dos deputados do PS e do Bloco de Esquerda.
No debate que antecedeu esta votação, verificou-se um consenso entre as diferentes bancadas sobre a urgência de conclusão do processo de classificação por parte do Governo.
O deputado do CDS-PP Telmo Correia advertiu que, no país, há "pontos sensíveis, que sendo atacados podem comprometer a segurança nacional".
Por outro lado, de acordo com o mesmo dirigente democrata-cristão, há infraestruturas que carecem de proteção especial perante fenómenos climatéricos extremos, como incêndios ou sismos.
"O Governo tem de nos garantir que os planos de segurança de infraestruturas críticas e de energia estão feitos. Com a segurança dos portugueses não se pode brincar", salientou Telmo Correia - um aviso ao executivo que, logo depois, também foi feito pelo deputado do PSD Luís Marques Guedes.
"O Governo tem avançado alguma coisa, mas ainda não tem tudo", observou o ex-ministro social-democrata.
Sem contestar o objetivo da iniciativa do CDS-PP, o deputado do socialista António Gameiro apontou, porém, o caráter complexo do trabalho de identificação e classificação de infraestruturas críticas.
"É um trabalho que está a ser feito, mas é um processo dinâmico que requer constante atualização", alegou o deputado do PS eleito pelo círculo de Santarém.
Pela parte do PCP, António Filipe concordou com a importância inerente à conclusão do trabalho de classificação de infraestruturas vitais para a segurança nacional.
Mas deixou uma crítica de caráter ideológico à bancada democrata-cristã: "o Estado tem de proteger as suas infraestruturas críticas, mas o CDS-PP contribuiu para entregar aos privados vários setores estratégicos para o país", afirmou.
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