Economia está no "bom caminho" mas temos "maior carga fiscal de sempre"
Na perspetiva de Luís Montenegro, apesar dos números positivos da economia portuguesa, "há uma gestão governativa sem ambição".
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Política Luís Montenegro
O défice da economia portuguesa, divulgado esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), voltou a estar em cima da mesa num programa de debate na antena da TVI 24 que opõe Ana Catarina Mendes e Luís Montenegro. O défice orçamental, recorde-se, cifrou-se nos 3% do PIB com a recapitalização da CGD, mas que teria sido de 0,92% sem esta operação.
Na ótica do ainda deputado social-democrata, tecendo uma análise a estes dados, “se olharmos as coisas na perspetiva meramente financeira, estamos no bom caminho. Temos um défice que vem a diminuir desde 2011, mais crescimento da economia e menos desemprego”.
Porém, defende, “a questão que se coloca é que estes elementos não têm tido uma correspondência na vida das pessoas porque há uma contraface desta realidade, nomeadamente a maior carga fiscal de sempre”. Para além disso, “os serviços públicos estão completamente abandonados e há uma gestão governativa sem ambição e sem capacidade de reformar os principais sistemas”.
“Agora que estamos num tempo de normalidade”, reforça Luís Montenegro, “conseguimos ter mais ineficiência dos serviços e menos reformismo do que aquele que tínhamos quando estávamos sob assistência financeira. O clima é melhor, mas a oportunidade está a ser perdida. Este é o grande problema”.
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