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Ministro Santos Silva "está a fazer de nós tontos", diz Paulo Rangel

O eurodeputado Paulo Rangel acredita que Portugal é olhado como um país "ambíguo e hesitante" por não ter expulsado os diplomatas russos.

Ministro Santos Silva "está a fazer de nós tontos", diz Paulo Rangel
Notícias ao Minuto

22:35 - 27/03/18 por Filipa Matias Pereira

Política Eurodeputados

Os Estados Unidos deram o 'mote' para a expulsão de diplomatas russos. Uma decisão que, entretanto, conta já com o apoio do Canadá, vários países europeus e até da Nato. Trata-se, com efeito, de uma resposta concertada ao envenenamento com gás tóxico de um ex-espião russo, Serguei Skripal, e da sua filha, que ocorreu em 4 de março em Salisbury (sudoeste de Inglaterra).

Portugal não tomou, até agora, uma posição definida, não manifestado oficialmente se se conjuntará aos 26 países que, até ao momento, mostram solidariedade 'diplomática' para com o Reino Unido. Em consequência, mais de 140 diplomatas russos serão expulsos destes países.

Na antena da SIC Notícias, Paulo Rangel defendeu esta terça-feira que “a posição do Governo português é contrária àquela que é linha tradicional e do interesse permanente de Portugal, seja como país Atlântico, europeu ou ainda como país que cultiva os valores da democracia e do Estado de Direito”.

No entendimento do eurodeputado, “Portugal sempre foi o mais atlântista dos países europeus” e não deve esquecer, acrescentou o social-democrata, que “sempre teve como aliado principal, durante mais de seis séculos, o Reino Unido. E, em parte, a nossa independência deve-se a essa aliança”.

Para corroborar a sua perspetiva, Paulo Rangel recordou que “um dos maiores parceiros de Portugal, no plano da defesa, são o Reino Unido e os EUA e, no espaço europeu, a Espanha, França, Alemanha, e a Itália. E todos estes países tiveram a mesma atitude”. Por isso, advogou, “não é correto quando o ministro [Augusto Santos Silva] diz que tem uma posição bilateral. Até porque países como a Suécia e a Irlanda, que não são membros da Nato, já tomaram uma posição solidária com o Reino Unido”.

Paulo Rangel, no seu comentário, foi ainda mais longe, considerando que o ministro dos Negócios Estrangeiros, “uma das pessoas mais inteligentes e cultas que conheço, está a fazer de nós tontos”. E aproveitou para sublinhar que, neste momento, “Londres e Paris olham para Portugal como um país ambíguo e hesitante”.

"[O nosso país] deveria ter integrado o primeiro grupo de países ao lado do Reino Unido. Londres não vai esquecer que Lisboa não o acompanhou num primeiro momento”, avisou o eurodeputado do PSD.

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