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Verdes recusam Tejo como um "cano de esgoto ou ETAR das empresas"

A deputada do Partido Ecologista 'Os Verdes' (PEV) abordou o tema que marca as jornadas do partido: a "despoluição do Tejo".

Verdes recusam Tejo como um "cano de esgoto ou ETAR das empresas"
Notícias ao Minuto

16:27 - 27/03/18 por Tiago Miguel Simões

Política Heloísa Apolónia

Em jeito de balanço das jornadas parlamentares dos Verdes, a deputada Heloísa Apolónia realçou a "despoluiçao do Tejo" como um dos assuntos prioritários na secretária do seu grupo parlamentar. Até porque, como a própria disse esta tarde em conferência de imprensa, não quer ver o Tejo “como um cano de esgoto”.

Em primeiro lugar defendeu que “há um desconhecimento efetivo relativamente às fontes concretas de poluição” do rio que atravessa Lisboa. “Sabemos de que áreas vêm, mas não há um levantamento sobre as fontes concretas”, afirmou a deputada.

Por isso, 'Os Verdes' "vão propor um projeto na Assembleia da República no sentido de redinamizar a Comissão de Acompanhamento Sobre a Poluição do Tejo com vista a que se faça um levantamento de todas as fontes concretas poluidoras da bacia do Tejo”, disse a deputada que considerou esta medida “fundamental”.

Outro dos pontos “fundamentais” para o PEV passa por “reforçar as ações de fiscalização e inspeção no Tejo” mas, ao contrário do que tem acontecido até então, sem o habitual “aviso prévio”.

“Dará tempo para a empresa se precaver, para se preparar para a inspeção que vai ser feita. Consideramos que esta regra deve ser alterada”, justificou, avançando de depois que irão avançar com um projeto de lei que “determine que as ações de inspeção não são previamente comunicadas às operadoras. Esta deve ser a regra”.

À parte destes pontos de destaque, Heloísa Apolónia destacou também outros em que pressionaram um Governo. O primeiro é “a revisão da Convenção de Albufeira”. “Precisamos de ver o Tejo com um ecosistema riquíssimo que presta um conjunto de serviços de ecossistema as nossas sociedades, ou não como um cano de esgoto ou mesmo como uma ETAR das empresas que não têm estações de tratamentos de resíduos”.

O segundo afirmou ser uma “necessidade urgentíssima de uma estratégia nacional para afluentes agropecuários e agroindustriais” que promova a proteção do rio. Por último, debruçar-se-ão sobre o problema criado pelas descargas da Celtejo.

“Diferentes análises determinaram uma responsabilidade efetiva da Celtejo ao longo dos anos no que respeita a poluição do Tejo e a sedimentos que estão depositados no fundo do Tejo e que o Governo vai promover a retirada dessas lamas, de lamas acumuladas pelas descargas feitas por esta indústria de papel ao longo de décadas”, disse, levantando um problema que reside na própria solução.

“O Governo, ao que parece, pretende depositar essa imensidão de lamas numa área que corresponde a uma área do Monumento Natural das Portas de Rodão, cujo o regulamento, na nossa perspetiva,interdita que esta ação seja feita. O Governo bem lhe pode chamar armazenamento temporário, na perspetiva dos Verdes isso corresponde sempre a um depósito e consideramos que o Governo deve encontrar uma alternativa para estas lamas”, frisou Heloísa Apolónia.

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