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Nem cativações ou baixo investimento compensaram recapitalização da Caixa

O CDS-PP defendeu hoje que as cativações e o baixo investimento público foram insuficientes para compensar a recapitalização da Caixa, o que fica exposto pela sua contabilização para o défice de 2017, elevando-o de 0,9 para 3%.

Nem cativações ou baixo investimento compensaram recapitalização da Caixa
Notícias ao Minuto

19:16 - 26/03/18 por Lusa

Política Cecília Meireles

"Independentemente de as cativações se terem mantido a um nível elevado, apesar de o investimento público continuar abaixo dos níveis de 2015, aquilo que verificamos é que, no fim, feitas as contas, isso não chegou para compensar a recapitalização da Caixa", a vice-presidente do CDS-PP Cecília Meireles.

A dirigente e deputada centrista falava à agência Lusa na sequência de o Instituto Nacional de Estatística (INE) ter divulgado que o défice orçamental de 2017 ficou nos 3% do Produto Interno Bruto (PIB) com a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), adiantando que teria sido de 0,9% sem esta operação.

"Este resultado inclui o impacto da operação de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), no montante de 3.944 milhões de euros, que determinou um agravamento da necessidade de financiamento das Administrações Públicas em 2% do PIB", referiu o INE.

Para Cecília Meireles, "a primeira conclusão que se pode tirar é que o défice foi maior e ficou acima do que o Governo tinha previsto e tinha afirmado".

"É também importante perceber se em 2018 o Governo tiver que fazer uma injeção de capital no Novo Banco - hipótese que está em cima da mesa e sobre a qual o CDS também já pediu esclarecimentos -, é importante perceber que impacto é que isso pode ter no défice de 2018", apontou.

De acordo com a dirigente centrista, "independentemente de todas as questões técnicas e de todas as questões contabilísticas e das divergências que pode haver nessa matéria, a verdade é que estamos a falar neste caso de dinheiro, de dinheiro que é público, que necessariamente vai sair do bolso dos portugueses e do bolso dos contribuintes".

"Independentemente de ser mais contabilizado mais cedo ou mais tarde, no défice ou na dívida, tal como nós dissemos, esse é um dinheiro que vai acabar por aparecer nas contas e vai acabar por aparecer no bolso dos contribuintes, como se viu agora em 2017", sustentou.

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