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Este é o momento para se "alinharem vontades políticas" pelo interior
O ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, afirmou hoje que este é o momento para se alinharem "vontades políticas", aproveitando a atenção nacional para os problemas do desenvolvimento do interior.
© Global Imagens
Política Siza Vieira
"Este é o momento para aproveitarmos uma atenção da comunidade nacional para os problemas do desenvolvimento do interior e gestão do território para conseguirmos, por uma vez, alinhar vontades políticas", disse o governante, depois de visitar Vouzela, um concelho fortemente afetado pelos incêndios de outubro de 2017.
Segundo Pedro Siza Vieira, o desenvolvimento do interior é uma tarefa nacional, sendo que "um país que cresce desequilibrado é um país que não cresce bem".
O governante, que falava no final da visita, na Câmara de Vouzela, distrito de Viseu, sublinhou que a bolsa de terras "é uma ideia importante" para o território, que "precisa de uma gestão ativa e proativa".
"Há meio ano a proposta [da bolsa de terras] foi rejeitada na Assembleia da República", notou, realçando que se está num momento em que há "capacidade de encontrar as melhores ferramentas para gerir o território e valorizá-lo".
Por isso, o ministro Adjunto defendeu que se têm de acentuar "os pontos de consenso" e que tem de haver um menor foco naquilo que "possam ser as divergências" causadas por "um ou outro pormenor".
Sobre as pretensões do presidente da Câmara de Vouzela, Rui Ladeira, de haver uma redução nas portagens das autoestradas que atravessam o interior, Pedro Siza Vieira referiu que é esperada em breve uma revisão do Programa Nacional de Coesão Territorial, em que esse tema será também abordado.
O membro do executivo sublinhou que a coesão territorial é um tema que o Governo tem dado especial atenção, mas avisou que o desequilíbrio territorial "tem décadas" e, por isso, os problemas "não se corrigem com medidas mágicas em pouco tempo".
Durante a tarde e sob chuva, Pedro Siza Vieira visitou o parque de campismo que foi afetado pelas chamas, barracões de animais destruídos e que entretanto estão a ser recuperados, bem como a casa de uma família onde ardeu o telhado e que entretanto já está reconstruída.
Esta reconstrução "é simbólica do esforço de todos nós", frisou, explicando que a casa de primeira habitação foi recuperada com o apoio previsto no Orçamento do Estado.
Durante a visita, o presidente da Câmara fez algumas reivindicações, nomeadamente a criação de planos de reabilitação urbana para as aldeias manterem a sua identidade, acompanhados de uma redução do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) para a essa mesma reabilitação.
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