"Devíamos ter aprendido mais com o que aconteceu em Pedrogão"
O líder do PSD analisou o relatório da Comissão Técnica sobre os incêndios de outubro e prometeu "pressionar o Governo para que mude e passe a fazer direito aquilo que até à data fez torto".
© Global Imagens
Política Rui Rio
O presidente do PSD, Rui Rio, falou esta sexta-feira sobre as conclusões do relatório da Comissão Técnica Independente (CTI) dos incêndios de outubro e garantiu que "nunca o quis fazer antes", mesmo sabendo que poderia retirar dividendos políticos.
“Mas agora é diferente, já temos a serenidade necessária para avaliar as responsabilidades e tudo aquilo que se passou. Este relatório (...) é um relatório grave para aquilo que foi a atuação do Governo em outubro”, afirmou.
E porquê? Na opinião de Rui Rio, "o Governo tinha a experiência de junho, tinha a experiência de Pedrogão, que não correu mal, correu muito mal, e mesmo assim não emendou as coisas de forma a que fosse possível evitar aquilo que foi a tragédia de outubro onde morreram mais 48 pessoas”.
Nesta senda, o presidente 'laranja' foi ainda mais longe, acrescentando que ainda "segundo o relatório, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) avisou com três dias de antecedência que o dia 15 de outubro ia ser o dia mais perigoso do ano. Apesar disso o Governo não decretou a calamidade pública preventiva”.
Ainda na análise do líder social-democrata ao relatório, as populações não foram avisadas, tendo sido “deixadas ao abandono”. "Não foram disponibilizados os meios necessários nem os meios solicitados. Mais uma vez, segundo o relatório, as comunicações começaram a falhar”, sublinhou.
"Não critico o Governo por tudo e por nada, e quando é necessário, [por exemplo] na defesa de Portugal, até o apoio. Só que este ponto é (...) muito sério, morreu muita gente. Devíamos ter aprendido mais qualquer coisa com o que aconteceu em Pedrogão em junho”, reiterou Rio, garantindo que vai continuar a “pressionar o Governo para que mude e passe a fazer direito aquilo que até à data fez torto”.
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