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PS acusa presidente da junta no Porto de justificações "suspeitas"

Os deputados do PS na União de Freguesias do Centro Histórico (CH) criticaram hoje o presidente da junta pelas justificações "inconclusivas", "suspeitas" e "nada coerentes" sobre o atraso no pagamento do salário de fevereiro aos trabalhadores.

PS acusa presidente da junta no Porto de justificações "suspeitas"
Notícias ao Minuto

16:25 - 19/03/18 por Lusa

Política Atraso Salarial

Em comunicado, os eleitos socialistas na Assembleia daquela União de Freguesias manifestam "indignação" e "condenam" a atitude "inexplicável e intolerável" do "presidente da União", António Fonseca, e do executivo.

O autarca disse na sexta-feira esperar pagar naquele dia os 50% do ordenado de fevereiro aos funcionários, alegando que para tal era necessário a Câmara transferir a verba referente ao contrato interadministrativo. À Lusa, a Câmara do Porto disse estimar que "as primeiras transferências" para as juntas ocorressem esta semana e, pelas 17h00, António Fonseca revelou à Lusa ter pago o salário "a todos" os 79 funcionários.

"As justificações do presidente António Fonseca para este atraso no pagamento dos salários aos funcionários desta autarquia são manifestamente inconclusivas e até de certo modo suspeitas e nada coerentes", observam os deputados socialistas na Assembleia de Freguesia (AF) da União de Freguesias do CH.

Para os deputados do PS, Fonseca e o seu executivo colocaram os funcionários "numa situação aflitiva" por "total irresponsabilidade".

"Para além dos vencimentos serem baixos, na sua grande parte, os trabalhadores ainda se viram impedidos de cumprirem com os seus compromissos, por total irresponsabilidade de quem devia dar o exemplo em pagar salários a tempo e horas", lamentam.

O grupo do PS na AF demonstra, por isso, "a sua indignação" com o sucedido, condenando "veementemente" a atitude de António Fonseca e respetivo executivo.

"Aos funcionários da autarquia, transmitimos-lhes a nossa total solidariedade e reconhecimento pelo seu trabalho que, mesmo com esta situação de incerteza, não deixaram nunca de cumprir empenhadamente", afirmam.

Numa conferência de imprensa realizada na manhã de sexta-feira, Fonseca disse esperar pagar naquele dia os salários em atraso, acrescentando que tal apenas podia acontecer quando a Câmara transferisse a verba referente ao contrato interadministrativo, cujo visto do Tribunal de Contas (TdC) tinha chegado "há uma semana".

Numa resposta enviada à Lusa, a Câmara do Porto disse estimar que "as primeiras transferências poderão ocorrer na próxima semana, depois de darem entrada na Câmara as guias oriundas do TdC".

Na mesma resposta, a autarquia esclarecia que "a falta de pagamento de vencimentos" não podia "ser alegado nem imputado à Câmara ou a qualquer visto do Tribunal de Contas (TdC)".

Isto porque, dizia a Câmara, "as transferências de competências no âmbito dos Contratos Interadministrativos não podem servir para esse efeito e muito menos se relacionam direta ou indiretamente com o funcionamento de ATL ou outros serviços sociais".

Pelas 17h00, Fonseca disse à Lusa que, meia hora antes, já tinham sido entregues "a todos os trabalhadores" os 50% do salário de fevereiro em falta, sem querer especificar como resolveu o problema.

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