"Conjunto de atrapalhações no PSD. Desejo ardentemente que se esclareça"
O social-democrata Pedro Santana Lopes deseja ver o caso Feliciano Barreiras Duarte "rapidamente" esclarecido. “Rio disse que o currículo [de Feliciano] foi corrigido, mas porque é que se pôs?”, questionou.
© Global Imagens
Política Santana Lopes
Pedro Santana Lopes voltou esta quarta-feira à noite à antena da SIC Notícias para comentar o atual estado do PSD, um mês após a tomada de posse de Rui Rio e as polémicas que têm ‘manchado’ o arranque da nova liderança do partido.
"Complicado”. Foi assim que Santana Lopes resumiu o primeiro mês do PSD de Rui Rio, seu adversário nas diretas. Para o social-democrata, o “conjunto de atrapalhações inesperadas” que têm surgido (desde Elina Fraga, Salvador Malheiro e Feliciano Barreiras Duarte) seriam “obviamente evitáveis”.
“Evitáveis e não são desejadas por ninguém”, acrescentou, sublinhando que “introduzem ruído” e dificultam a “afirmação e o que tem de ser o trabalho do novo líder”.
“Não é tanto pela questão de as pessoas estarem a ser investigadas ou não, as autoridades cumprem os seus deveres”, afirmou Santana, lembrando que “uma investigação não é nenhuma condenação nem uma acusação sequer”.
Sobre a polémica em que Feliciano Barreiras Duarte está envolvido, a propósito da referência no seu currículo a um estatuto de 'visiting scholar' na Universidade de Berkeley que não corresponderá à verdade, Santana disse que “a questão é tentar perceber pessoalmente esta novela toda o que é que se passou”. “Desejo também ardentemente que se esclareça rapidamente”, reforçou, declarando desconhecer se há ou não um grupo de pessoas dentro do partido a fazer sobressair estas polémicas.
Quanto às escolhas de Rio para a direção, Santana não as criticou, contudo referiu que “às vezes fazemos escolhas com as melhores das intenções e as coisas não saem bem, não tem corrido bem”. Mais: “O problema é quando as pessoas dão cabo do estado de graça”, prosseguiu sem referir nomes e insistindo na necessidade de ver tudo esclarecido em relação a Feliciano.
“O que ainda não vi explicado é porque é que se escreve uma coisa que não foi. Isso é que me faz muita confusão. É bom que isto se esclareça depressa. Está em causa um secretário-geral do PSD”, sublinhou o social-democrata que se questiona ainda: “Rio disse que o currículo [de Feliciano] foi corrigido, mas porque é que se pôs?”
Em suma, rematou, “tem-lhe acontecido estes percalços” e Rio “não tem podido reagir como queria”. E sem ironias, sublinhou, “há de facto uma atrapalhação” que “não é boa para o PSD nem para a liderança. É uma história embaraçosa”.
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