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PCP quer "resposta" do Governo "aos problemas" da Pediatria em Évora

O PCP exigiu hoje que o Governo "dê resposta aos graves problemas" do Serviço de Pediatria do hospital de Évora, depois de os pediatras da unidade terem alertado para o risco de rotura da urgência.

PCP quer "resposta" do Governo "aos problemas" da Pediatria em Évora
Notícias ao Minuto

15:20 - 13/03/18 por Lusa

Política Hospital

Em comunicado hoje divulgado, a Direção da Organização Regional de Évora (DOREV) do PCP diz que "exige" do Governo PS uma "resposta aos graves problemas do Serviço de Pediatria" do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE).

"Os profissionais de saúde que trabalham no Serviço de Urgência de Pediatria do HESE acabam de assumir, com muita clareza, que a rotura deste serviço vai acontecer durante o mês de março", dizem os comunistas, aludindo ao documento assinado pelos pediatras da unidade hospitalar.

Segundo a DOREV, trata-se de um "grave problema", que o partido, através do deputado eleito pelo distrito, João Oliveira, vai levar à Assembleia da República.

Além disso, pode ler-se no comunicado, o PCP promete desenvolver, "de imediato, outras ações, que permitam assegurar à população do distrito o acesso normal" àquele serviço.

Os comunistas dizem que o Governo "conhece há muito" a situação denunciada pelos médicos, da "falta de pediatras" e das "deficientes condições das instalações" da Urgência de Pediatria do HESE, mas o executivo socialista "não dá resposta" aos problemas.

"Este é apenas um dos serviços em rotura neste hospital, o que será uma situação com tendência para se agravar", alerta a DOREV, que considera que "o arrastar da solução para a construção do novo hospital público do Alentejo", em Évora, "também contribui para esta situação".

O avanço da nova unidade hospitalar, sublinha a estrutura comunista, vai implicar "melhores condições de trabalho" para os médicos, o que terá consequências positivas.

"Com melhores condições de trabalho, melhoravam consideravelmente as possibilidades de atrair para o Alentejo mais profissionais e mais especialistas nas diversas áreas", frisa o PCP.

A tomada de posição dos médicos do HESE, datada da passada sexta-feira e à qual a agência Lusa teve acesso na segunda-feira, é assinada por 21 dos 22 pediatras do hospital (apenas não assinou um profissional que está de baixa).

Os clínicos alertam para o risco de rotura da Urgência Pediátrica, devido à falta de especialistas, e dão conta do seu "descontentamento com as condições de trabalho e de assistência" existentes na unidade.

"Temos atualmente uma equipa exausta, envelhecida, insuficiente para assegurar as necessidades do serviço" e que "trabalha para além dos limites legais e humanamente razoáveis", avisam, frisando: "A escala de Urgência de Pediatria está atualmente em rotura", arriscando-se a ficar, "já este mês", com "períodos de 12 horas sem pediatra".

O documento foi enviado para o conselho de administração do HESE, Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, OM, Sindicato Independente dos Médicos e Federação Nacional dos Médicos.

Na segunda-feira, o presidente da Administração Regional de Saúde do Alentejo, José Robalo, disse à Lusa que, como solução "imediata" e de "curto prazo", o HESE vai "tentar" contratar mais pediatras em regime de prestação de serviços para impedir a rotura da urgência.

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