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"Não chega corrigir CV". Barreiras Duarte "deveria demitir-se de funções"

Para o fundador do Clube dos Pensadores "não chega corrigir o currículo" até porque o secretário-geral do PSD, acusado de ter forjado a posição de investigador convidado na Universidade da Califórnia, onde nunca esteve, só o fez porque foi "desmascarado".

"Não chega corrigir CV". Barreiras Duarte "deveria demitir-se de funções"
Notícias ao Minuto

11:35 - 12/03/18 por Tiago Miguel Simões

Política Joaquim Jorge

Após as notícias que abalam a credibilidade do atual secretário-geral do PSD, Feliciano Barreiras Duarte, acusado de ter forjado o seu currículo, em que incluiu o cargo de investigador convidado da Universidade da Califórnia, em Berkeley, onde nunca esteve, Joaquim Jorge deixa várias críticas e até um pedido: a demissão do cargo central que ocupa no PSD. 

“Barreiras Duarte estava convencido de que poderia usar o estatuto de investigador convidado na Universidade da Califórnia em Berkeley. O problema é que o seu nome não consta dos registos da instituição norte-americana”, recorda Joaquim Jorge num artigo de opinião enviado ao Notícias ao Minuto, continuando: “nunca foi professor convidado da Universidade Pública de Berkeley como chegou a ser referido na página oficial do PSD”. 

O fundador do Clube dos Pensadores defende que “não havia necessidade” e que embora o social-democrata se tenha apressado a corrigir o ‘erro’ que havia no seu currículo, apenas o fez “porque foi desmascarado”. 

O biólogo vai mais longe. “Não chega corrigir currículo! Deveria demitir-se das suas funções. Feliciano Duarte é secretário-geral no PSD, tem enormes responsabilidades políticas no maior partido da oposição. Uma pessoa que não coloca no seu registo aquilo que é correto, não deve exercer funções deste tipo, pois pode no futuro voltar a proceder da mesma forma e abrir novo precedente”, avisa, dizendo mesmo que Barreiras Duarte “pode ter acedido a funções para as quais não tinha competência” o que na sua opinião, é “muito feio”.

Sobre a instabilidade no seio dos laranjas e os vários casos que têm afetado o renascimento do partido, o biólogo afirma que “Rui Rio anda em maré de azar”, passando depois para uma análise geral ao comportamento dos portugueses. 

“Somos um país a armar ao fino, deslumbrado, cheio de salamaleques e de pavões, novos-ricos e doutores julgando sempre que somos mais do que os outros e que vivemos lá de cima do nosso pedestal. Todavia, não passamos de uns pindéricos e pirosos”, atira sem medo de dizer que por apenas por “termos um canudo somos mais que os outros”. 

Para o fundador do Clube dos Pensadores “há coisas que não têm explicação por mais que se expliquem. Há pequenas grandes coisas na nossa vida que têm que ver com a nossa educação e nada tem que ver com instrução: não mentirmos sobre as nossas habilitações académicas, assumirmos como somos e não andarmos a inventar coisas”, conclui.

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