CDS à frente de PSD? "Assunção Cristas disse o que lhe compete dizer"
Líder do PSD desvaloriza declarações de Assunção Cristas, que assume que quer CDS a liderar espaço ao centro e à direita.
© Global Imagens
Política Rui Rio
"Quem não acredita no Partido Socialista, quem não se revê nas esquerdas encostadas tem uma escolha clara, uma escolha segura, uma escolha inequívoca. E essa é só uma: nós, o CDS".
A declaração é de Assunção Cristas, no discurso de encerramento do 27º congresso dos centristas, que decorreu em Lamego este fim de semana.
No mesmo fim de semana, a líder do CDS-PP, em entrevista ao Expresso, reafirmou que se sente preparada para ser primeira-ministra, e apresentou-se aos centristas com um discurso ambicioso. Rui Rio, presidente do PSD, foi uma das figuras a marcar presença durante o discurso.
À entrada, o líder do PSD optou por não falar aos jornalistas. Já à saída, inevitavelmente o assunto voltou à baila. Mas quando questionado sobre se o CDS se estava desta forma a afastar-se do PSD, já a pensar nas eleições de 2019, Rui Rio desvalorizou o tema.
“Não. Acho que a doutora Assunção Cristas ao dizer isso diz o que lhe compete dizer. Naturalmente que há uma diferença muito grande de votações e de intenções de voto entre os dois partidos, mas está a fazer o papel dela, e muito bem”, afirmou.
“Aquilo que é importante, do ponto de vista do PSD, é conseguir-se nas eleições de 2019 uma vitória que possibilite alterar a forma como o país tem sido governado”, acrescentou ainda o líder social-democrata.
O objetivo dos sociais-democratas, acrescentou Rui Rio, “é chegar a 2019 e estar em condições de poder ganhar as eleições legislativas. Se depois for necessária uma coligação, cá estaremos para isso”.
“Já viu se a líder do CDS viesse dizer que não estava apta a governar?”, retorquiu Rui Rio aos jornalistas.
“Naturalmente que somos adversários”, disse ainda sobre o CDS. Porém “no passado, em conjunto, fizeram muitas coisas por Portugal”, recordou.
Questionado sobre se, por outro lado, o PSD está mais próximo do PS, Rui Rio rejeitou a ideia.
“Não há nenhuma aproximação ao PS”. O que há, afirmou, é “disposição para falar com os outros partidos, todos eles, sobre reformas estruturais no interesse do país. Isto é uma convicção inabalável que eu tenho, ou seja, os partidos têm diferenças mas têm de se juntar para aquelas reformas que, sem isso, Portugal nunca terá. E em primeiro lugar está o interesse do país”.
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