Mota Soares propõe plano contra o "poucochinho socialista"
O deputado e dirigente democrata-cristão Pedro Mota Soares apresentou hoje nove propostas para revitalizar o território nacional, argumentando que o CDS não se contenta com o "poucochinho socialista".
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Política Congresso CDS
Primeiro subscritor de uma moção setorial designada "Portugal, Território e Mar", Mota Soares apresentou ao 27.º Congresso do CDS-PP, que decorre em Lamego, no distrito de Viseu, nove propostas para revitalizar o país, em especial para um país o interior.
"Não nos contentamos com esse país do poucochinho socialista, de um PS que fala do interior, promete um estatuto fiscal para o interior, mas depois chumba as propostas do CDS para baixar o IRC, o IRS para o interior do país", criticou.
Mota Soares defendeu a criação de "zonas francas" no interior do país com condições de "competitividade fiscal" superiores às de Lisboa e do Porto e condições para "uma reforma do território mesmo que isso passe por voluntariamente fundir municípios" para que ganhem dimensão na negociação da transferência de competências com o Estado.
O deputado propôs a criação de uma "Unidade de Missão para a Reconstrução" que avance com "medidas urgentes" para que "nunca mais se repita a tragédia de 2017", referindo-se aos incêndios do verão de 2017, que vitimaram mais de uma centena de pessoas.
Uma política agrícola que "promova a coesão do território nacional" foi também defendida por Mota Soares.
A deputada Ana Rita Bessa apresentou uma moção setorial sobre Educação propondo a "universalização da educação pré-escolar", envolvendo a rede pública, privada e social e propôs a erradicação "do insucesso escolar aos sete anos".
"Todos os anos há sete mil crianças que não são ensinadas a ler e a escrever, sabemos as causas e em que escolas acontece", afirmou, considerando que aquela "situação inaceitável" requer "atuação local específica".
Com uma moção designada "Nós, interior", Henrique Monteiro alertou para o envelhecimento e a desertificação das regiões interiores do país, questionando "como pode uma região sobreviver apenas com população idosa?".
Um "plano estratégico de desenvolvimento para o transporte aéreo", uma moção em defesa da região autónoma da Madeira, uma centrada no papel das freguesias e do poder local, e um documento que propõe a criação do estatuto de "jovem empresário rural" foram também apresentadas.
Contudo, a discussão destas moções será feita apenas em Conselho Nacional, após a realização do 27.º Congresso, que termina domingo em Lamego, Viseu.
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