PCP alerta para "grave incumprimento" do acordo de paz na Colômbia
O PCP alertou hoje para o "grave incumprimento" do acordo de paz na Colômbia, visível no aumento da "repressão e violações dos direitos humanos", com assassínios de dirigentes políticos e ativistas, transmitindo a sua solidariedade para com os colombianos.
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Política Comunicado
Em comunicado, o Partido Comunista Português alerta para a "grave situação de incumprimento do acordo de paz na Colômbia e para o recrudescimento da repressão e das violações dos direitos humanos, de que a vaga de assassinatos de dirigentes e ativistas sociais e políticos -- incluindo ex-combatentes das FARC, atualmente desmobilizados, e familiares -, constitui a expressão mais dramática".
Para os comunistas, a não aplicação integral do acordo final de paz por parte de instituições colombianas é um "elemento determinante do agravamento da crise humanitária e social" na Colômbia e "da violação das garantias e direitos democráticos, no ano em que se realizam eleições legislativas e presidenciais".
O PCP condena a falta de iniciativa para "desarticular grupos paramilitares de extrema-direita" e para acabar com o "estatuto de impunidade de que estes gozam".
Os comunistas, acrescentam, juntam-se à "denúncia do silêncio em torno da grave situação existente na Colômbia, seja por parte dos EUA, União Europeia e das oligarquias latino-americanas, como de agências e órgãos de comunicação internacionais".
O PCP reitera a sua "solidariedade com os trabalhadores e o povo colombianos, com as forças democráticas e revolucionárias colombianas, e a sua reivindicação de uma paz total e definitiva, com justiça social".
Em 2017, pelo menos 106 defensores dos direitos humanos ou dirigentes sociais foram mortos na Colômbia, um aumento de 32,5% em comparação com o ano anterior, de acordo com um relatório do Programa ONG Somos Defensores.
A organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional também já alertou para a violência paramilitar na Colômbia.
Outra organização alertou que no ano passado os homicídios aumentaram em 11% nas áreas de cultivo de coca.
A Colômbia ainda é confrontada com as ações do Exército de Libertação Nacional (ELN, Guévarista), considerado o último grupo de guerrilha ativo, e dos gangues decorrentes da desmobilização de paramilitares de extrema-direita, em 2006, e dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
No acordo de paz assinado em novembro de 2016, os ex-guerrilheiros das FARC, marxistas, comprometeram-se a contribuir para a luta contra o narcotráfico, uma das suas antigas fontes de financiamento.
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