PEV exige investimento na ferrovia e aumento da área de sobro e azinho
O Partido Ecologista Os Verdes (PEV) exigiu hoje ao Governo mais investimento na ferrovia e o aumento da fileira florestal com sobreiros e azinheiras, tendo enaltecido o crescimento da economia portuguesa em 2017.
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Política Verdes
No final de uma reunião, em Coimbra, o Conselho Nacional do PEV congratulou-se com o crescimento da economia, mas realçou que o PS e o Governo "têm resistido a prosseguir" em áreas como a revisão do Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas (PETI), a aposta no transporte ferroviário e "na vertente de sobro e azinho" da floresta do país.
A evolução da economia, "segundo os últimos dados conhecidos, apresenta valores positivos e são uma boa notícia para os portugueses que viram repostos salários e pensões que tinham sido retirados" pelo Governo de Pedro Passos Coelho (PSD) e Paulo Portas (CDS-PP).
"Esta é mais uma prova de que a austeridade não era, afinal, uma inevitabilidade e que havia alternativas à política de austeridade que foi seguida e que reduziu significativamente os rendimentos das famílias portuguesas", segundo o órgão máximo dos ecologistas entre convenções.
Em mais de dois anos de Governo do PS, apoiado também no parlamento pelos restantes partidos da esquerda -- PEV, BE e PCP -- "as coisas estão melhor, mas estão ainda longe de estar bem", disse o deputado José Luís Ferreira, em conferência de imprensa, no Ateneu de Coimbra.
"Travámos a expansão da área de eucalipto", disse o parlamentar, da direção nacional de Os Verdes, reconhecendo "um tímido progresso ao nível da conservação da natureza", desde que o Governo de António Costa tomou posse, em finais de 2015.
Numa nota divulgada no final da reunião, o partido afirma que "os cortes nos salários, conjugado com o desinvestimento público, sacrificando as famílias e degradando os serviços públicos, não eram comprovadamente o caminho certo".
Verifica-se uma "mudança de rumo, ainda que tímida, negociada também com o PEV", a qual "veio estimular a procura interna e permitir a retoma" da economia nacional.
"Apesar dos avanços e melhorias atingidos, nomeadamente com o tímido reforço do investimento na conservação da natureza" e com o facto de "se ter avançado para travar o crescimento da área de eucalipto em Portugal (...), o certo é que o PS e o seu Governo têm resistido a prosseguir em aspetos importantes".
Para Os Verdes, "o investimento na ferrovia assume um papel muito relevante no combate às alterações climáticas" e às assimetrias regionais.
"É com preocupação que assistimos ao incumprimento do Plano de Investimentos em Infraestruturas -- Ferrovia 2020", refere o PEV na nota, um dia após um encontro, em Miranda do Corvo, com o Movimento de Defesa do Ramal da Lousã (MDRL), que reclama a reposição do serviço público ferroviário na linha que ligava Lousã a Coimbra, encerrada há mais de oito anos para obras que estão suspensas e que visavam a instalação de um sistema de metro ligeiro.
Por outro lado, "face à pretensão da multinacional Altice em adquirir o Grupo Média Capital", Os Verdes alertaram para "o perigo que esta monumental concentração da titularidade na comunicação social, a concretizar-se, representa para a nossa democracia", tendo exigido que o Governo "trave este negócio".
Outra das conclusões da reunião foi a marcação da XIV Convenção, órgão máximo do PEV, para 10 e 11 de novembro, em Lisboa.
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