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Bloco de Lisboa pede rápida ativação da linha SOS Despejo

O Bloco de Esquerda de Lisboa espera que "nas próximas semanas" esteja operacional uma linha telefónica para ajudar pessoas ameaçadas de despejo no concelho, um projeto recomendado pela Assembleia Municipal.

Bloco de Lisboa pede rápida ativação da linha SOS Despejo
Notícias ao Minuto

10:32 - 03/03/18 por Lusa

Política Assembleia da República

A recomendação apresentada pelo grupo municipal do Bloco de Esquerda (BE) na terça-feira, aprovada unanimemente, prevê a "criação da linha gratuita SOS Despejo, para reportar situações de despejo na cidade de Lisboa".

Em declarações à agência Lusa, o deputado municipal Ricardo Moreira (BE) explicou que esta iniciativa visa ir de encontro "à realidade a que se tem assistido nos últimos anos - a pressão por parte do imobiliário, que tem forçado a saída das populações mais vulneráveis", principalmente do centro histórico da cidade.

O eleito referiu que esta pressão, que caracterizou como "bullying imobiliário", pode "levar a despejos forçados".

Por isso, pretende-se a "criação de um serviço público por parte da Câmara que muna os munícipes com a informação necessária para eles conhecerem os seus direitos".

"Espero que dentro de pouco tempo a linha possa estar em vigor, para que qualquer pessoa que está a sofrer este tipo de pressão não esteja isolada e possa conhecer os seus direitos e defender-se", afirmou Ricardo Moreira.

O eleito disse também que a vereadora da Habitação da Câmara de Lisboa, Paula Marques, "saudou a proposta", mostrando-se "disponível para a implementar".

"Esperamos que nas próximas semanas possamos ver a linha a ganhar forma", afirmou.

A recomendação aprovada na terça-feira refere também que "associado a esta linha deve ser criado um serviço de apoio jurídico para esclarecer os direitos dos moradores e encaminhamento da situação reportada para os serviços da Câmara, no sentido de se poder atuar no desencadeamento de instrumentos de fiscalização do imóvel".

O documento prevê ainda a "sensibilização da Polícia Municipal para este fenómeno e adoção de mecanismos de resposta célere a denúncias de moradores de forma a obviar comportamentos de 'bullying imobiliário'".

O deputado observou que este assédio acontece através de "cortes de luz nas escadas, abertura de janelas noutras frações, obras sem aviso prédio ou ameaças de corte de luz e gás que muitas vezes nem se realizam, mas a pressão existe".

"Estes casos são uma forma de pressão inadmissível e ilegal, que carecem de apoio e acompanhamento técnico, e político, na prossecução dos direitos dos moradores, que facilmente são ludibriados pelos advogados da imobiliárias", sublinha a recomendação.

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