Voluntários no Festival da Canção ou mão-de-obra ilegal? PS alerta
Na opinião do socialista Tiago Barbosa Ribeiro, a situação parece “pretender preencher vagas temporárias de trabalho à margem da legislação laboral vigente em Portugal”.
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Política Tiago Barbosa
O elevado número de voluntários requeridos para a realização do Festival da Eurovisão está a preocupar o deputado do PS Tiago Barbosa Ribeiro. No prisma do político, a situação parece “pretender preencher vagas temporárias de trabalho à margem da legislação laboral vigente em Portugal”.
Face às circunstâncias, Tiago Barbosa Ribeiro questionou o Ministério da Cultura “se está a par desta situação e se a televisão pública participou na definição deste programa de designado voluntariado”, refere o comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Recorde-se que foram requeridos 300 voluntários, o que, para o deputado, remete “na verdade para necessidades laborais essenciais à realização do evento”, onde se inclui “o apoio às delegações de 42 países, ajuda nos hotéis onde as comitivas internacionais estarão instaladas, trabalho em vários locais onde decorrerão atividades relacionadas com o evento (incluindo discotecas) e apoio na sala de conferências de imprensa”, explicou.
Para Tiago Barbosa Ribeiro, coordenador do PS no Parlamento para as questões laborais e primeiro subscritor desta pergunta, “este programa de voluntariado parece ser uma forma de contornar a contratação de trabalhadores devidamente remunerados para as necessidades do Festival da Eurovisão. Temos vindo a receber várias denúncias sobre o recurso à figura de falso voluntariado para obter mão-de-obra sem a pagar e, se assim for, os responsáveis devem suspender de imediato este programa e acomodar a contratação de trabalhadores”.
Tiago Barbosa Ribeiro questionou ainda a tutela se o orçamento para este evento não acomodou os montantes adequados à contratação de pessoas e serviços para a sua execução.
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