"É mais fácil fazer oposição quando a economia corre mal"
O novo líder do PSD abordou vários assuntos à margem da visita à BTL. Entre eles, Rui Rio falou sobre a estabilidade no seio do partido, a estreia de Fernando Negrão como líder parlamentar e as dificuldades de fazer oposição.
© Global Imagens
Política Rui Rio
De visita à Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), a acontecer na FIL, o líder do PSD abordou vários assuntos, entre os quais, a possível dificuldade em fazer oposição num período em que a economia portuguesa está a crescer como há muito não se via.
“É verdade que é mais fácil fazer oposição quando a economia corre mal do que quando a economia corre bem. [Mas] em primeiro lugar, a economia não está a correr tão bem assim e para lá disso, há vida e país para lá da economia. Há muitas coisas em Portugal que não estão bem”, disse o social-democrata.
Já sobre a oposição interna que pode encontrar no seio da bancada social-democrata, Rio foi pragmático, mas garantiu que o "machado de guerra“ está enterrado desde o congresso. "Conto com 89 deputados, mas não posso obrigar a colaborar aqueles que não quiserem colaborar, os que não quiserem vamos ver como se vão comportar", sustentou.
Para o antigo autarca do Porto nem todos têm que concordar com tudo, porque quando ele próprio era deputado não o fazia, nesse sentido reforçou que não tal não é um problema: “o próprio líder parlamentar não me apoiou a mim”, lembrou Rio, garantindo que a turbulência na bancada parlamentar “está a atenuar”.
Quanto à estreia de Fernando Negrão no debate quinzenal desta quarta-feira, o líder do PSD revelou que ficou satisfeito. "Gostei, não só da estreia do líder parlamentar do PSD mas do debate como um todo. Acho que aqueles debates, a existirem, têm de ser mais tranquilos, mais calmos, mais esclarecedores, quando nós transformamos o Parlamento numa arena de uns contra os outros a gritar, descredibiliza o Parlamento e descredibiliza os protagonistas. O debate de ontem, pelo tom que o Fernando Negrão imprimiu, foi um debate com um cariz diferente. Acho que a imagem do Parlamento sai reforçada quando assim é”, analisou.
A horas de se sentar 'à mesa' com a líder do CDS, Rui Rio não quis adiantar nada sobre o almoço com a Assunção Cristas, prometendo falar com os jornalistas "no fim do almoço", e centrando-se na BTL e enaltecendo a importância do Turismo para o país.
“O turismo foi sempre uma área crucial para a economia portuguesa, atualmente um pouco mais e é justamente isso que Portugal tem que ver com atenção. Não matar a galinha dos ovos de ouro”, avisando que "não podemos estar tão dependentes de um só setor”.
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