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Passos Coelho? "Poucos líderes foram tão alheios à realidade"

O deputado do Partido Socialista Tiago Barbosa Riberio analisou o mandato e pós-mandato de Passos Coelho enquanto primeiro-ministro português, garantindo: "Não deixará saudades".

Passos Coelho? "Poucos líderes foram tão alheios à realidade"
Notícias ao Minuto

10:20 - 01/03/18 por Tiago Miguel Simões

Política Tiago B. Ribeiro

Pedro Passos Coelho despediu-se ontem do Parlamento português e o deputado do Partido Socialista Tiago Barbosa Ribeiro dedicou-lhe um extenso texto, no qual escreve: “Não deixará saudades”.

“Passos Coelho deixou hoje [ontem] o Parlamento. Não deixará verdadeiramente a atividade partidária nem, tão pouco, abandonará as suas ambições futuras. Ao longo dos últimos anos, ele foi o principal artífice da mutação ideológica do PSD na direita liberal e, enquanto governante, de um programa de transformação radical da sociedade portuguesa orientada por um conjunto de ‘intelectuais orgânicos’ liberais”, atira, continuando o acutilante discurso. “Poucos líderes políticos foram tão alheios à realidade, movidos exclusivamente pela crença ideológica nas suas opções, enquanto acusavam outros de serem ‘ideológicos’ e ignorarem a ‘realidade’, ou seja, o filtro das suas próprias convicções”.

O sociólogo não deixa nada por dizer. Aliás, afirma que “foi assim na Europa, onde o pensamento foi de submissão”. “Foi assim com Crato na educação”. “Foi assim no mercado do trabalho” “Foi assim na Segurança Social”. “Foi assim no fecho absurdo de serviços públicos”. Estas foram apenas algumas das críticas deixadas por Tiago Barbosa Ribeiro, que passa a pente fino os anos de Passos Coelho como primeiro-ministro português, considerando que, para o antigo líder do PSD, “o país foi um laboratório. Com isso, dizem-nos todos os indicadores, contribuíram para uma sociedade mais desigual, mais pobre”, pode ler-se.

Mas não só sobre o mandato de Passos Coelho se debruça o deputado. Tiago Barbosa Ribeiro também fala de Passos enquanto líder da oposição, afirmando que se reduziu a um “papel bloqueador”. “Votaram contra a reposição de feriados, a regularização de precários ou o aumento do salário mínimo”, faz questão de lembrar.

O socialista remata o texto, assegurando que Pedro Passos Coelho “não deixará saudades”.

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