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Enfermeiros? "Tudo faremos para que não haja nenhuma greve"

Adalberto Campos Fernandes garantiu esta sexta-feira que o diálogo com os enfermeiros está a correr da melhor forma. Já os enfermeiros fizeram saber que mantêm a greve agendada para março. Durante a sessão plenária sobre Saúde, o ministro foi ainda 'bombardeado' com perguntas dos deputados e garantiu-lhes que se sente "mais ministro que nunca".

Enfermeiros? "Tudo faremos para que não haja nenhuma greve"
Notícias ao Minuto

12:50 - 23/02/18 por Inês André de Figueiredo com Lusa

Política Campos Fernandes

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, acredita que a greve dos enfermeiros, que foi anunciada para os próximos dias 22 e 23 de março, pode ser evitada tendo em conta as negociações que têm vindo a ser feitas.

O suplemento dos 150 euros e a assinatura do protocolo negocial para a revisão da carreira estão certos e “estão criadas as condições para que o diálogo prossiga”, garantiu hoje o governante.

O pagamento será feito quando o entendimento estiver concluído e haverá retroativos desde o dia 1 de janeiro.

O ministro entende que se pode evitar a greve, apesar de entender o pré-aviso como uma “tentativa legítima de pressionar e forçar o andamento do processo”. “Tudo faremos para que não haja nenhuma greve e para que o acordo seja assinado e para que o trabalho prossiga”, assegurou. 

Entretanto, os enfermeiros fizeram saber que irão manter a paralisação e que só recuarão se virem as suas reivindicações atendidas. Estas declarações, ainda que possam ser muito bem intencionadas, não nos vão fazer recuar", disse à Lusa Guadalupe Simões, dirigente do SEP.

Concurso de médicos recém-especialistas publicado na próxima semana

O despacho com a abertura do concurso para a colocação dos médicos recém-especialistas nos hospitais, reclamado há meses por estes profissionais, será publicado na próxima semana, anunciou também esta sexta-feira o ministro da Saúde.

Adalberto Campos Fernandes fez este anúncio na Assembleia da República, onde hoje decorre um debate sobre a Saúde, quando questionado pelo PSD sobre a falta de colocação de 700 médicos recém-especialistas, que na quinta-feira entregaram uma carta aberta no Parlamento a apelar para a sua colocação nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O ministro sublinhou, contudo, que estes profissionais estão a trabalhar no SNS, embora não tenham o vínculo e a remuneração correspondente à sua especialização. "Não vale a pena enganar os portugueses e dizer que estão fora" do SNS, adiantou.

Cativo de Centeno? Adalberto sente-se "mais ministro que nunca"

A deputada Galriça Neto (CDS) acusou o ministro da Saúde de estar "cativo do ministro das Finanças", ao que o governante retorquiu afirmando que se sente hoje "mais ministro do que nunca", insistindo na coesão do Governo.

O diálogo aconteceu durante a mesma sessão plenária sobre Saúde, onde Adalberto Campos Fernandes tem sido 'bombardeado' com perguntas dos deputados da oposição, mas também do BE e do PCP, sobre a carência de profissionais que atinge o setor.

"Seja ministro agora", apelou a deputada, questionado o ministro sobre o desbloqueamento de 500 milhões de euros para o pagamento das dívidas dos hospitais, que já deviam ter seguido para as unidades de saúde.

"O senhor está cativo do ministro das Finanças. Não se esconda atrás do ministro das Finanças", referiu Galriça Neto.

Adalberto Campos Fernandes negou a existência de qualquer divergência, afirmando: "Nunca houve um governo tão coeso como este".

"Quem está aqui hoje é o ministro da Saúde e, perante o parlamento, assume as suas responsabilidades. Não aceitamos que estamos cativos uns nos outros. Estamos cativos do interesse público", declarou.

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