Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
14º
MIN 13º MÁX 19º

"Não foi fácil aceitar o convite" de Rui Rio, diz Santana Lopes

Apesar de discordar da estratégia de Rui Rio - muito assente no respeito pela relação com o PS -, Santana Lopes aceitou o convite do líder partidário por “sentido de responsabilidade”.

"Não foi fácil aceitar o convite" de Rui Rio, diz Santana Lopes
Notícias ao Minuto

00:05 - 22/02/18 por Filipa Matias Pereira

Política PSD

De concorrente à liderança do PSD a aliado. Este foi o percurso de Pedro Santana Lopes nas últimas semanas. Depois de ter perdido a liderança do partido para Rui Rio, Santana Lopes surgiu, no Congresso nacional que se realizou no passado fim de semana, ao lado do ex-autarca do Porto. Em entrevista à antena da RTP 3, o ex-primeiro-ministro explica que aceitou o repto pelo “sentido de responsabilidade”.

Recordando as diretas, Pedro Santana Lopes reforça que nas eleições para a presidência do PSD travou “um combate com toda a força que tinha”. Mas os “militantes escolheram quem deve liderar o partido e, por isso, quando Rui Rio gentilmente sugeriu [que integrasse o Conselho Nacional], eu aceitei. Se tivesse optado pelo papel do opositor e exacerbado as diferenças, em vez de salientar o que nos pode unir, com outros focos de tensão que existiam, acho que as coisas podiam não ter corrido bem para a imagem externa do partido”, afiança.

Porém, para Pedro Santana Lopes “não foi fácil aceitar o convite e prescindir de uma diferenciação". "Quando me candidatei disse que pretendia clarificar as diferenças e julgo que consegui. Mas os militantes escolheram e essa escolha espantou-me. Não pelo Dr. Rui Rio, mas pela sua opção estratégica, que respeita as relações com outros partidos, nomeadamente com o PS. Pensei que para o meu partido era claro que não podia haver esse tipo de estratégia com o PS, enganei-me. Ponto. As coisas são para ser ditas como são”.

Apesar de reconhecer em Rui Rio “atributos de líder”, Santana Lopes mantém algumas reservas quanto à sua estratégia. Porém, apesar destas dissonâncias, há um denominador comum: “Ambos queremos que o PSD ganhe as próximas eleições e está claro que não haverá bloco central. Resta a questão da viabilização do Governo do PS e isso é uma questão que ficou adiada”. 

Já questionado relativamente à Geringonça, Pedro Santana Lopes está convicto de que será possível combatê-la. Todavia, “é preciso ser hábil e saber explorar as contradições da maioria estruturalmente incoerente. É manifesto que o PSD, nos primeiros dois anos de legislatura não dedicou a principal parte de energia a explorar essas contradições. Por isso, há um trabalho imenso a fazer nesse sentido, nomeadamente pedir ao Governo responsabilidades e coerência: como é que o período com menos investimento público das últimas décadas em Portugal é suportado por países que defendem que o investimento deve ter essa origem?”, questiona o político, acrescentando ainda que Rui Rio deve, para além disso, “apresentar propostas válidas”, mostrando o que tem de melhor. 

Recomendados para si

;
Campo obrigatório