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Jerónimo renova promessa de "luta" a PS, PSD e CDS

O secretário-geral comunista voltou hoje a prometer "luta" pelos trabalhadores e jamais desistir do "combate" contra a "política de direita" defendida por PS, PSD e CDS-PP, numa sessão pública sobre legislação laboral, em Lisboa.

Jerónimo renova promessa de "luta" a PS, PSD e CDS
Notícias ao Minuto

19:09 - 20/02/18 por Lusa

Política PCP

"Foi com a luta que chegámos até aqui, dando passos na recuperação de direitos e rendimentos, será com a luta e a nossa ação coletiva que conseguiremos ir mais além na concretização de uma vida para todos que só a valorização do trabalho e dos trabalhadores permitirá. Desse combate nós não desistimos porque sabemos que essa luta é o elemento estratégico para repor muitos dos direitos e conquistas", afirmou.

O novo presidente do PSD, Rui Rio, falou hoje de "uma nova fase" nas relações com o PS e anunciou que irá indicar interlocutores para o diálogo com o Governo socialista sobre descentralização e o futuro quadro comunitário de apoios "pós-2020", após audiência com o primeiro-ministro, António Costa, admitindo ainda conversações sobre justiça e segurança social.

Jerónimo de Sousa reiterou as críticas à bancada socialista que se juntou este mês à social-democrata e democrata-cristã para chumbar projetos de PCP, BE e PAN de reposição do pagamento do trabalho extraordinário e do trabalho em dia feriado.

"A opção do PS de unir as suas mãos ao PSD e CDS no chumbo da iniciativa mostra que há muito a fazer para remover a velha política que, indistintamente, governos de uns e de outros levaram à prática no país, com graves consequências sociais", lamentou, reforçando que, "mais uma vez, andou mal o Governo do PS, ao juntar o seu voto ao do PSD e CDS", numa "posição que evidencia que o PS não descola dos seus compromissos com o grande patronato".

O líder comunista sentenciou que "foi muito longe a ofensiva contra os trabalhadores nos últimos anos", foi "muito ampla e diversificada a ação da política de direita, concretizada por PS, PSD e CDS de desvalorização do trabalho", referindo-se aos PEC (Programa de Estabilidade e Crescimento do executivo socialista de José Sócrates) ao "pacto de agressão, da responsabilidade da 'troika', dos partidos que têm governado o país e que o governo PSD/CDS executou".

"Foi seguindo o caminho da ampliação do saque sobre o trabalho que os governos dos últimos anos, ora do PS, ora do PSD e CDS, promoveram passo a passo, pacote atrás de pacote de medidas, a alteração para pior das leis laborais", continuou, citando a "imposição de trabalho forçado e não remunerado", com menos dias de férias e corte de dias de descanso, "diminuição de salários", "feriados e horas extraordinárias", mas também "o banco de horas, a adaptabilidade individual, adaptabilidade grupal", entre outras flexibilizações.

O PCP vai protagonizar até maio uma campanha nacional intitulada "valorizar os trabalhadores, mais força ao PCP", incluindo contactos com funcionários de empresas e serviços e exposição de cartazes na via pública, um debate potestativo agendado de 14 de março, no parlamento para revogar a caducidade da contratação coletiva, repor o princípio do tratamento mais favorável e o combate à desregulação dos horários.

Entre os objetivos do PCP estão: "aumento dos salários", "35 horas semanais para todos", "combate à precariedade", "melhoria das condições de trabalho" e "eliminação das normas gravosas da legislação laboral".

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