Rui Rio: "Governar não é só distribuir simpatias e conceder direitos"
Rui Rio apela ao diálogo entre partidos e uma política centrada nas pessoas no discurso de encerramento do 37.º Congresso do PSD.
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Política PSD
Tenho como decisivo para o futuro de Portugal o diálogo entre partidos”, começou por dizer Rui Rio, no discurso de encerramento do Congresso do PSD, apelando também a “entendimento em matérias de soberania” sem esquecer as “reformas importantes que o país já deveria ter feito”.
Fazendo um alerta para o “crescente afastamento” entre partidos e cidadãos, Rui Rio indicou que “não é preciso inventar diferenças” entre os partidos porque “as que existem já são suficientemente marcantes para nos distinguirmos”.
"Um partido de matriz social-democrata precisa de um diálogo social para poder caminhar", indicou, antes de iniciar a explanação dos objetivos do partido.
O líder social-democrata começou por citar Sá Carneiro, dizendo que “o homem é nossa medida, nossa regra absoluta, nosso início, nossa meta”. Avança, assim, que “os objetivos de natureza social são a meta” que orientará o partido.
Só que governar para as pessoas não é apenas distribuir simpatias e conceder-lhes cada vez mais direitos. Quantas vezes governar para as pessoas não passa por definir primeiro as obrigações que permitem a constituição dos direitos que pretendemos conquistar?
"Temos de ser ambiciosos e criar cada vez mais riqueza, mas temos também de ter a grandeza de só distribuir o que sabemos que é verdadeiramente sustentável - caso contrário estaremos a enganar as pessoas e a repetir os graves erros do passado", avisou.
Reconhecendo que durante o programa de ajustamento "afetou particularmente" a classe média, o novo presidente social-democrata defendeu que a aposta do PSD tem de ser o robustecimento desta classe.
"A par de uma luta estruturada contra a pobreza, um partido social-democrata tem na classe média o principal foco da sua ação", defendeu, apontando os "objetivos de natureza social" como a meta que deve orientar o PSD.
"Ter as pessoas como o centro e a razão da nossa ação, conscientes de que a todos nos sabem as obrigações que nos asseguram os direitos que queremos manter e reforçar", definiu.
O novo presidente do PSD acusou, ainda, o atual Governo, apoiado à esquerda, de ser incapaz de governar tendo o futuro como prioridade nacional e de não ter condições para desenvolver políticas capazes de aumentar o crescimento económico.
"O atual Governo - ao estar amarrado aos seus compromissos com a esquerda adversária da iniciativa privada, aliada do aumento da despesa e do endividamento público, avessa a uma política promotora da poupança, crítica da União Europeia, inimiga da moeda única e contrária à nossa presença na NATO - é um Governo incapaz de conseguir governar tendo o futuro como prioridade nacional", disse.
Para o novo presidente do PSD, o atual Governo tem apostado em ter como motor do crescimento o consumo, o que considerou errado, defendendo como alternativa as exportações e o investimento.
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