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BE acusa Rui Rio de querer que "nada é feito sem o acordo da Direita"

A coordenadora nacional do BE, Catarina Martins, acusou hoje o novo líder do PSD, Rui Rio, de querer reformar o regime político apenas para garantir que "nada é feito sem o acordo da direita".

BE acusa Rui Rio de querer que "nada é feito sem o acordo da Direita"
Notícias ao Minuto

19:34 - 17/02/18 por Lusa

Política Catarina Martins

A líder dos bloquistas falava no encerramento do Fórum Educação 2018 do BE, que decorreu durante todo o dia na Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho, em Lisboa, para debater várias questões ligadas ao ensino.

Na intervenção final do encontro, Catarina Martins disse ter escutado declarações de Rui Rio no decorrer 37.º Congresso do PSD, em Lisboa, nomeadamente sobre a questão do regime político e da necessidade de acordos de regime.

"Rui Rio garantiu várias vezes no seu discurso, que Bloco Central nem pensar, mas que é preciso um acordo de regime para mudar o regime, para ter a certeza de que nada é feito sem o acordo da direita", declarou a líder bloquista.

"Ou seja, precisamos mesmo de uma mudança do regime político que tire qualquer capacidade à esquerda de definir políticas, e que dê à direita o veto de todas as políticas, sejam elas sobre a gestão democrática da escola, sobre o investimento, ou sobre o salário e o trabalho no país", concluiu.

Para Catarina Martins, "é como dizer que é preciso reformar o regime político e começar por garantir que o PSD consegue levar o regime político para casa".

"Quando oiço Rui Rio dizer que a esquerda tem de ser combatida porque é insaciável, pergunto-me de que insaciável fala: salários, pensões, um país mais justo, uma economia que sirva mais quem trabalha, vive e constrói este país todos os dias", questionou.

Na opinião da coordenadora nacional do BE, "esta ideia que é de sempre, e que agora é repetida - de que o país está sempre sujeito a escolhas de Bloco Central - seja com os partidos juntos seja a alternar, como se quem aqui vive não pudesse fazer escolhas diferentes, é uma ideia que já se provou não ter em Portugal sentido, e haver quem queira soluções diferentes e política diferente".

"Há quem continue a viver muito mal com a possibilidade da pluralidade das opções políticas que são feitas no nosso país", comentou ainda.

Ainda sobre esta matéria, a líder bloquista considera que "as questões da democracia vão ser mesmo as deste tempo", e "das escolhas do país e das escolhas democráticas do país".

Por outro lado, mostrou-se desiludida com o discurso de Rui Rio e até "um pouco perplexa", porque não percebeu exatamente qual é a ideia do novo líder social-democrata para o país: "Não se lhe ouviu uma palavra sobre salários, sobre pensões, sobre as regras do trabalho, sobre energia, sobre o sistema financeiro, sobre os problemas da estrutura da economia, sobre todas as questões que dizem respeito à vida das pessoas", lamentou.

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