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PSD a apoiar PS seria dar "taluda a Costa e terminação" à lider do CDS

O ex-líder parlamentar social-democrata Luís Montenegro classificou hoje como "um suicídio político" que o PSD pudesse ser "um apêndice" do atual PS, considerando que seria "oferecer a taluda a António Costa e a terminação a Assunção".

PSD a apoiar PS seria dar "taluda a Costa e terminação" à lider do CDS
Notícias ao Minuto

18:54 - 17/02/18 por Lusa

Política Luís Montenegro

"O PS é hoje mais bloquista que socialista, seja na ação interna de forma mais clara, seja no discurso europeu onde é mais dissimulado, o PS é mais de Louçã do que é de Mário Soares", afirmou Luís Montenegro, no discurso perante o 37.º Congresso do PSD.

O ex-líder parlamentar do PSD considerou que o antigo coordenador do Bloco, Francisco Louçã, "doutrinou grande parte dos dirigentes socialistas, em especial os jovens turcos que por lá andam e mandam", dizendo que agora até tenta "doutrinar o país na televisão, rádios e jornais".

"Imaginar que sejamos um apêndice destes socialistas bloquistas que mandam no PS é um suicídio político. É de uma penada oferecer a taluda a António Costa e oferecer a terminação a Assunção", disse, referindo-se ao primeiro-ministro e à líder do CDS-PP.

Na sua intervenção, de mais de 20 minutos, Montenegro recusou qualquer necessidade de recentrar o PSD, considerando que foi o PS que saiu do seu tradicional local político.

"Em Portugal, o PCP está onde sempre esteve, nos nossos antípodas, o BE está onde sempre esteve, nos nossos antípodas. É o PS que está onde nunca tinha estado, pertíssimo do BE e pertíssimo do PCP", considerou.

Por essa razão, Montenegro considerou que estão "tragicamente equivocados" os que dizem que o PSD se tem de recentrar, porque nunca se descentrou.

O ex-líder parlamentar salientou que o país não precisa de um Bloco Central de partidos, nem de interesses mas precisaria de um "bloco central de políticas", com dois partidos centrais da democracia.

"Mas, por mais apelos que venham de todo o lado e até do Presidente da República, por mais dissimulados consensos que haja, sejamos verdadeiros e frontais com o país: o PS capitulou nos braços da esquerda radical".

"Por mim digo não, o PSD não pode capitular", afirmou, apontando como único cenário possível a Rui Rio "ganhar as terceiras eleições legislativas consecutivas".

Antecipando que não serão tempos fáceis para liderar o PSD, Montenegro disse que "mais do que cobrar vitórias" a Rio, pedirá "ambição, tenacidade e arrojo" ao presidente eleito para construir um projeto para Portugal.

"O que se lhe exige é que sejamos uma alternativa", apelou.

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