Passos promete contribuir "como um soldado" para união do partido
O presidente cessante do PSD, Pedro Passos Coelho, mostrou-se hoje disponível para contribuir "como um soldado" para a união do partido e para os resultados que o seu sucessor, Rui Rio, ambiciona para o país.
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Política Congresso do PSD
"Estou aqui como um soldado a contribuir para a união do nosso partido e para que os nossos resultados sejam aqueles que ambicionares, e tenho certeza de que ambicionas muito para o nosso partido, porque ambicionas com certeza muito para o nosso país", declarou Pedro Passos Coelho, dirigindo-se a Rui Rio.
O antigo primeiro-ministro, que liderou o PSD durante oito anos, despediu-se da presidência do PSD na abertura do 37.º Congresso do PSD, em Lisboa, passando, num "momento simbólico", a liderança a Rui Rio.
"Rui, contas com todo o apoio, com a minha discrição também, porque quem sai também tem o dever de saber o lugar que ocupa e as responsabilidades que lhe cabem por ter sido. Eu, não é por sair que deixo de ter as responsabilidades de ter sido, e não me esquecerei disso vez nenhuma", declarou.
Passos Coelho referiu-se à "eleição extremamente disputada" no PSD, cumprimentado Pedro Santana Lopes e Rui Rio pelos gestos para a unidade no partido que, "ainda não começou o Congresso", e já estão a ser dados.
"Não é nas trincheiras que acrescentamos, que somamos. Pelo contrário, aí subtrai-se e divide-se", declarou.
Passos Coelho falou também, numa perspetiva histórica, dos valores fundamentais e da ação do PSD, considerando uma "grande virtude" que os sociais-democratas não tenham estado "demasiado agarrados a um corpo dogmático, ideológico, como outros, que quiseram sempre meter a sociedade nas suas simplificações tão redutoras".
"Ao contrário, guiando-nos sobretudo por valores, por princípios, por ideais, nós procuramos ser ao longo da nossa história um partido reformista, realista - na medida em que temos contacto com a realidade -, queremos sobretudo responder aos problemas da sociedade do nosso tempo e daquele tempo que se adivinha mais próximo", defendeu.
Para ilustrar esta conceção do partido, Passos Coelho recorreu a uma citação do fundador do PSD Francisco Sá Carneiro, que disse no parlamento, recém-empossado primeiro-ministro: "Falaremos pouco de ideologia, falaremos mesmo muito pouco de Abril, mas vamos trabalhar modestamente para o realizar, para fazer aquilo que aqueles que nos antecederam não fizeram".
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