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Assim foi o arranque do 37.º Congresso do PSD

O 37.º Congresso Nacional assinala a tomada de posse de Rui Rio como presidente do PSD. No arranque, e após uma declaração de boas-vindas de um representante da Distrital de Lisboa, Pedro Passos Coelho subiu ao palco para o 'adeus' aos militantes. Ao seu discurso seguiu-se o de Rui Rio, o seu sucessor na liderança 'laranja'.

Notícias ao Minuto

21:39 - 16/02/18 por Ana Lemos e Inês André de Figueiredo

Política Lisboa

Arrancou com pouco mais de 20 minutos de atraso. Pedro Passos Coelho entrou pela porta principal, foi cercado pelos jornalistas, e assim que entrou na sala do Congresso foi ovacionado em pé pelos militantes. Pouco depois, Rui Rio surpreendeu. Entrou pela portal lateral e acompanhado por Pedro Santana Lopes. 

As honras de abertura oficial do 37.º Congresso ficaram a cargo do representante da Distrital de Lisboa, Pedro Ribeiro, que após uma crítica ao autarca socialista da capital, passou a palavra a Passos Coelho.

No seu discurso, muito aplaudido, Passos deixou uma palavra de agradecimento ao CDS, reconheceu que a "batalha é difícil (...) mas não impossível", e prometeu contribuir "como um soldado" para união do partido.

Passado o testemunho foi a vez de Rio subir ao palco. Num discurso mais longo, o novo líder também começou pelos agradecimentos, um especialmente emotivo - a Santana Lopes - para depois passar ao 'ataque' ao Governo, à Justiça, e à demagogia, e terminar com garantias. "O PSD apresentar-se-á como alternativa forte e credível", vincou.

Assim foi o primeiro dia do 37.º Congresso do PSD:

22h52: Santana Lopes também abandonou, mas pela porta lateral, a antiga FIL, dizendo apenas que "foi um bom discurso" o de Rui Rio.

22h45: Rio sai do palco e cumprimenta Passos Coelho que, novamente muito ovacionado, abandona o Centro de Congressos de Lisboa.

22h43: "No que concerne à segurança da referida coligação, ela é mais ou menos como a segurança nacional que os portugueses em 2017 tiveram a infeliz oportunidade de presenciar. É uma segurança que tanto o pode ser, como não, depende. Para nós 2019 não depende de nada a não ser da nossa própria vontade para em vencer eleições para o Parlamento Europeu com para a Assembleia da República. O PSD apresentar-se-á como alternativa forte e credível. Futuro que o PSD quer oferecer não vive angustiado. É esse o nosso objetivo, é essa a nossa razão de ser. Viva o PSD”

22h41: Rio comenta possibilidade de Bloco Central: "Uma coisa é estarmos disponíveis para dialogar democraticamente na busca de soluções para graves problemas nacionais. Outras coisa é estarmos disponíveis para nos subordinarmos aos interesses dos outros. O PSD só está subordinado a um interesse: ao interesse de Portugal".

22h38: “Temos de ter uma preocupação primeira: de renunciar com toda a determinação à demagogia e ao populismo. A demagogia, prática dos incapazes, tem de ser combatida. Substituir o discurso fácil e popular por uma ação séria e frontal é atual um risco acrescido, mas é esse o caminho que o PSD tem de escolher e que eu quero trilhar com todos vós. O PSD é um grande partido de poder, por isso o nosso objetivo é sempre ganhar".

22h31: Rio evoca, pela segunda vez, Sá Carneiro. "Estamos perante um tarefa que não é só do PSD, é da sociedade como um todo, para resolver os problemas não basta a critica e lamuria. É preciso agir. A reforma do sistema político, novas forma de eleição como novas formas de funcionamento, neste espaço de tempo tudo mudou e muito se desgastou. Reforma da Justiça, mais celeridade, mais meios e melhor gestão, melhores conhecimentos técnicos, mais recato no seu funcionamento, cumprimento segredo justiça, e acima de tudo mais transparência. Não faltam neste pilar objetivos a prosseguir face aos atrasos que todos constatamos. Temos de combater a politização da justiça. Há zonas de fronteira que temos de clarificar sob pena de termos um resultado desastroso para toso, principalmente para a democracia".

22h39: “A sociedade em que vivemos é muito diferente da de há 40 anos. É preciso aproximar os cidadãos e a democracia. Os interesses minoritários têm de ser respeitados e cumpridos, mas nunca se podem impor ao interesse maioritária"

22h36: "Temos de dar o exemplo certo e correto dentro da sua própria casa. Temos um enorme desafio de aproximar o PSD das pessoas. De uma coisa estamos certos: os fenómenos extremistas e populistas não constituem a solução democrática. Cabe-nos a nós a tarefa de revitalização da vida partidária. É acima de tudo transformar a dificuldade em oportunidade. É para isso que estou aqui e conto com todos vós”.

22h23:  "Temos todos consciência que partidos relevam falta de credibilidade e simpatia. Compete aos partidos inverter a situação. Tenho plena consciência deste problema nacional. Não temos perante esta realidade o direito à passividade. A hora não é de deitar a toalha ao chão. A hora é de agir. Desafio pela frente é conseguir que o PSD seja o primeiro a erguer-se. O nosso desafio é fazer do PSD um partido que percebe o que os portugueses querem, e voltar a dar corpo ao epíteto que conquistou: o de que melhor representa a sociedade portuguesa no seu todo".

22h20: "Temos de resistir ao discurso fácil. É isto que nos distingue dos governos que procuram olhar para o presente e menos para a construção solida e segura. Governo que não aproveita um ciclo económico positivo é um governo que governa mal. Governa mal mesmo quando pode parecer que governa bem".

22h15: "Portugal tem um conjunto de problemas estruturais que condicionam o nosso desenvolvimento". "Honrar o princípio que Sá Carneiro nos indica é justamente ter esta postura. É por aqui que devemos começar: princípios, valores e coerência" 

22h13: Novo líder do PSD evoca o fundador Sá Carneiro: "Portugal, depois o partido e por fim a nossa circunstância especial'. Princípio que nos apontou e que temos de ter como pano de fundo. Partidos existem para servir o país, não as suas pequenas táticas e os seus dirigentes".

22h10: Rio agradece "empenho" e "esforço" de Santana Lopes pela sua "disponibilidade e gosto pelos debates políticos e internos". Plateia aplaude Santana Lopes e entoa "PSD, PSD, PSD".

22h08: “Juntamente com o CDS fomos chamados a tapar o buraco mais negro do pós-25 de Abril. Devemos todos neste momento, uma palavra de muito apreço e gratidão a Pedro Passos Coelho. O que ficará destes seus oito anos não serão as críticas, fica um trabalho de governação que a história reterá como de salvação nacional. O tempo é o melhor juiz da nossa passagem por este mundo. É o único que separa o importante do secundário”.

22h05: “Seguramente que cometemos erros e tivemos falhas ao longo do nosso percurso, (…) mas o balanço deste caminho temos motivos de orgulho pelo trabalho realizado”

22h03: Passos passa a palavra ao sucessor Rui Rio. Após os já habituais agradecimentos, com uma graça para as congressistas, “palmas para as senhoras”. “As minhas primeiras palavras são de saudação a todos os companheiros congressistas que representam todos os militantes do PSD, para eles um grande abraço de respeito e companheirismo. É assim há 44 anos”.

22h05: "Contribuirei como um soldado para que os resultados sejam os que todos ambicionamos", despede-se Pedro Passos Coelho.

22h00: "Farás tudo para que o nosso país tenha um futuro melhor e um futuro em que os portugueses se revejam", disse a Rui Rio, garantindo "ser um soldado a contribuir para a união do partido". 

22h04: Em relação às eleições "extremamente disputadas", Passos deixou palavras a Santana Lopes frisando que "não foi honrosa, fui muito melhor e traz a promessa da união para o partido e um melhor futuro para o partido". 

Notícias ao MinutoPassos promete ser "soldado a contribuir para a união do partido"© Global Imagens

22h00: "Quero atrever-me a dizer que este é um período que não trará facilidades para o PSD. Não é fácil bater a geringonça, mas é preciso bater a geringonça".

21h53: "É da propaganda que vive este Governo, mas essa propaganda não incomoda o Bloco, nem o PCP, nem 'Os Verdes', nem o PS. A propaganda, a ambiguidade, a duplicidade das mensagens são de um modo geral a marca de água desta solução de Governo", acusa.

21h50: "Temos um Governo centrado no curto prazo, que faz a espargata para ver se consegue agradar a todos, não tem nenhum problema com a propaganda, todos os anos repete atualização extraordinárias das pensões em agosto como se o ano não tivesse outros meses. Porque é que há-de dar em agosto? Porque agosto foi o mês que antecedeu as autárquicas e agosto será o mês que antecederá as legislativas, é por isso que se dá em agosto", aponta o dedo Passos Coelho.

21h47: "Temos um espaço próprio na sociedade portuguesa", assegura o ex-primeiro-ministro.

21h45: "Não fazemos por ser desagradáveis mas não precisamos de agradar para fazer aquilo que achamos que é certo, respondemos sempre em consciência esperando que o resultado seja aquele que as pessoas aguardam como justo".

21h42: As críticas ao Governo também não se fizeram esperar. "Rejeitámos os totalitarismos, a estatização, a coletivização e combatemos esta ideia de propaganda em que cada cidadão é convidado a transformar-se num cliente das políticas públicas que o Governo no seu leilão eleitoral vai jogando a cada eleição".

21h41: "Nós somos solidários mas nunca defendemos soluções de dependências para ninguém".

21h40: "A dignidade do ser humano e a pessoa é o limite de toda a ação e a medida de toda a solução, esse partido é o nosso e não conheço outro como o nosso que sigas estes valores, que tenha este respeito pelas pessoas e que encare a inteligência dos portugueses de uma forma tão direta e tão verdadeira como nós".

21h35: O líder do PSD que agora cessa funções prefere utilizar o seu discurso de despedida para falar do partido e do futuro, deixando apenas umas palavras para o que ficou para trás. 

"No passado desta liderança fizemos o que era essencial e importante e nisso não falhámos ao país. Quando digo que não falhámos foi porque realmente tiramos o país da quase bancarrota em que os socialistas o deixarem, restauramos credibilidade externa, conseguimos recuperar o crescimento da economia e do emprego, fizemo-lo numa altura particularmente exigente, sem agravar as desigualdades. Fizemos um caminho que nos permitiu, com o CDS, dar estabilidade e confiança ao país", recorda.

21h30: Pedro Passos Coelho inicia o seu discurso de despedida. "Chega ao fim um ciclo longo em que liderei o PSD e em que contei com uma colaboração e um apoio quase sem limites".

21h28: "Ao Pedro Santana Lopes, obrigada pela disponibilidade demonstrada, pelo contributo que deu para o debate e para a mobilização do PSD". Ao agradecimento de Pedro Ribeiro seguiu-se um forte aplauso do público e as palavras a Rui Rio: "Quero desejar-lhe os mais sinceros votos de sucesso". E, por fim, o "obrigado" a Passos Coelho e uma enorme ovação na antiga FIL.

21h24: Pedro Ribeiro, representante da distrital de Lisboa, abre o Congresso, dando as boas-vindas a todos os que estão presentes, com votos de uma "afirmação" da social-democracia e de uma união que é necessária desde que o PSD conheceu o seu novo presidente.

Notícias ao MinutoRio entrou com Santana pela porta lateral e sentaram-se na primeira fila ao lado de Passos© Global Imagens

21h20: Rui Rio entra por porta lateral e surpreende militantes do PSD. O novo líder social-democrata está sorridente e sentou-se ao lado do seu adversário nas diretas do partido, Santana Lopes, após chegarem juntos.

21h02: Passos Coelho já chegou ao 37.º Congresso onde deixará de ser líder do PSD, e cederá o lugar a Rui Rio, mas disse apenas que está "sereno" e com a sensação de "ter cumprido um dever", remetendo mais palavras para o seu discurso.

20h46: Teresa Leal Coelho deixou elogios ao capítulo que o PSD agora encerra, nomeadamente a Pedro Passos Coelho, o líder que acompanhou com "muito orgulho". Porém, agora é altura de união e de "dar todo o apoio ao novo presidente do PSD que teve a coragem de se candidatar num momento difícil". 

20h40: Maria Luís Albuquerque diz em poucas palavras que marca presença "para ouvir".

20h32: Chegou Rui Rangel. "É muito importante ouvir Rui Rio. Espero que fale para o partido e para o país. O PSD está a entrar numa nova etapa, fez a sua escolha no momento certo. Este é [agora] o momento do líder do partido escolher os termos em que fala, quando fala. Agora é o tempo do novo líder. Não vamos estar nós aqui quase a fazer um comentário futebolístico a tentar adivinhar o que se vai passar daqui a meia hora"

Notícias ao MinutoSocial-democrata Hugo Soares© Global Imagens

20h31: "Saída de Hugo Soares é um erro crasso de Rui Rio", destaca Carlos Abreu Amorim.

20h30: "Espero que saia daqui uma unidade em torno do princípio da social-democracia, e por outro lado uma reflexão muito profunda sobre o que se está a passar com os partidos em toda a Europa", declarou Paula Teixeira da Cruz à chegada, sublinhando esperar que "o PSD seja o primeiro partido a espoletar esta reflexão".

20h19: Campos Ferreira, Carlos Moedas, Paula Texeira da Cruz, Marco António Costa são alguns dos social-democratas já chegaram à Junqueira.

20h10: Luís Montenegro chega ao Centro de Congressos. Em declarações aos jornalistas diz esperar que o "PSD saia fortalecido [deste congresso], apresentado um projeto alternativo e tornar a ter um governo liderado pelo PSD. Devemos ter a ambição de voltar a ter uma governação prolongada do PSD. Não queremos só ganhar. Ganhar já não chega é preciso maioria parlamentar. Farei o que estiver ao meu alcance para fazer essa caminhada".

20h00: Hugo Soares já chegou à antiga FIL.

Notícias ao MinutoFernando Negrão, candidato à bancada parlamentar do PSD© Global Imagens

19h30: "O que espero deste Congresso é a afirmação de uma alternativa a quem nos governa atualmente, porque os portugueses e a democracia precisam de uma alternativa, isso é fundamental para o regular funcionamento do Estado de Direito e para que o país seja mais bem governado", defendeu Fernando Negrão à chegada ao Centro de Congressos de Lisboa. Questionado sobre o seu papel enquanto líder parlamentar num eventual Bloco Central, afastou esse cenário: "Estamos tão longe disso, porque no parlamento o que nós vamos fazer é precisamente avançar para a construção dessa alternativa a quem nos governa atualmente".

16h20: À porta do Centro de Congressos, Alberto João Jardim deixou alguns recados e disse esperar que "amanhã" o deixem falar.

15h00: Portas abrem para o início da acreditação.

O Centro de Congressos de Lisboa, na Junqueira (Lisboa), já está montado o palco, onde esta noite discursarão aos militantes Pedro Passos Coelho e Rui Rio, o novo líder do PSD. Uma situação inédita proporcionada pelo facto de, em 2006, terem sido introduzidas as diretas no partido, com os militantes a escolherem o presidente do partido antes do Congresso, o que fará com que Passos seja o primeiro presidente a dirigir-se aos militantes numa reunião magna já com o novo líder eleito.

Nestes últimos 12 anos, apenas Ferreira Leite teve ocasião de o fazer, pouco antes de terminar funções, um discurso em Congresso de balanço da sua liderança de dois anos, mas nessa ocasião o seu sucessor - precisamente Passos Coelho - ainda não tinha sido eleito pelos militantes do PSD.

Curiosamente, Passos é o segundo presidente do PSD com o mandato mais longo, quase oito anos, atrás apenas de Aníbal Cavaco Silva, que presidiu ao partido durante dez anos, entre 1985 e 1995.

Para o 37.º Congresso Nacional do PSD estão inscritos cerca de 950 delegados, mais de 250 participantes e mais de mil observadores. 

O líder Rui Rio, eleito a 13 de janeiro,  apresentará na reunião magna dos social-democratas a proposta de estratégia global 'Do PSD para o País'. Nestes três dias de trabalhos serão eleitos e empossados os novos órgãos nacionais, bem como apresentadas propostas temáticas e propostas de alterações estatutárias.

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