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Líder do PCP defende mais direitos laborais e a valorização do trabalho

O secretário-geral do PCP defendeu sábado à noite, no concelho de Coimbra, mais direitos laborais e a valorização do trabalho e dos trabalhadores, salientando que, apesar da retoma económica, existe uma estagnação dos salários e mais precariedade.

Líder do PCP defende mais direitos laborais e a valorização do trabalho
Notícias ao Minuto

06:15 - 04/02/18 por Lusa

Política Jerónimo de Sousa

Segundo Jerónimo de Sousa, que discursava num jantar comício em Arzila, os estudos realizados em Portugal mostram que os "salários reais estão quase estagnados, em 2015 (0,3%), 2016 (0,4%)e até setembro de 2017 (0,6%)".

"E não fosse o efeito do crescimento do Salário Mínimo Nacional, também ele valorizado aquém do que se impunha e defendíamos e a média dos salários teria caído abaixo do valor real", disse o líder comunista perante várias dezenas de pessoas.

Quanto à precariedade laboral, o líder do PCP revelou que que tem aumentado ao longo das duas últimas décadas, "bem acima da média europeia", e que passou no limiar do século de "10% para 22,6% no terceiro trimestre de 2017, acabando por continuar a crescer também nestes últimos dois anos".

Para o secretário-geral dos comunistas, "não basta fazer crescer a economia é preciso que ela seja colocada ao serviço de todos e da elevação da qualidade de vida de quem trabalha".

Na sua intervenção, Jerónimo de Sousa avisou que o PCP não vai desistir do combate pela melhoria da legislação laboral e dos direitos dos trabalhadores e deixou alguns recados ao Governo liderado pelo socialista António Costa.

"Todos nós sabemos que o caminho que estamos a percorrer não está isento de dificuldades e de crescentes resistências, como se percebe pelas opções políticas do Governo do PS limitadoras das soluções necessárias de resposta à superação dos problemas de fundo do país", afirmou.

O líder comunista sublinhou que a valorização do trabalho e dos trabalhadores assume uma "importante prioridade" como objeto e condição do "desenvolvimento e do progresso social" e acusou o PS, PSD e CDS de "darem as mãos" para chumbarem o projeto de lei do PCP que visava a reposição do pagamento do trabalho extraordinário e em dia de feriado.

A iniciativa legislativa chumbada na sexta-feira "faz parte de um conjunto de propostas que o PCP apresentou na Assembleia da República, visando garantir uma legislação de trabalho que retome a sua natureza de proteção da parte mais débil - a única que é compatível com uma perspetiva progressista e com o desenvolvimento económico e social".

"Portugal precisa de concretizar uma política de esquerda que valoriza o trabalho e os trabalhadores, assegure o controlo público dos setores estratégicos da economia, que promova uma justa distribuição da riqueza, mais justiça fiscal, que combata as desigualdades na sociedade e no território, que assegure serviços públicos de qualidade e para todos, que reforce as prestações e direitos sociais, que apoie as micro, pequenas e médias empresas e estimule um desenvolvimento económico não dominado pelos monopólios", elencou.

Jerónimo de Sousa queixou-se ainda de "uma campanha e de ataque concentrado e coordenado das forças do grande capital e dos setores políticos mais conservadores e reacionários, que sabem da importância e do papel do PCP na recuperação de direitos, rendimentos e condições de vida do povo".

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