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"Ninguém fica privado do acesso aos serviços bancários na Caixa"

O porta-voz do PS, João Galamba, defendeu esta quinta-feira que o aumento das comissões bancárias consta do plano de recapitalização da Caixa, sublinhou que o banco público disponibiliza gratuitamente serviços mínimos bancários e manifestou disponibilidade para os alargar.

"Ninguém fica privado do acesso aos serviços bancários na Caixa"
Notícias ao Minuto

19:08 - 01/02/18 por Lusa

Política João Galamba

"A Caixa disponibiliza estas contas a custo zero. Quando falamos de reformados e idosos e dizemos que as comissões aumentaram muito e penalizam os pensionistas, essas pessoas têm como alternativa a conta de serviços mínimos pela qual não pagarão nada", argumentou João Galamba, em declarações aos jornalistas no parlamento.

O deputado e dirigente socialista mostrou-se disponível para, "mediante propostas concretas" de alargamento dos serviços mínimos bancários, como anunciou o BE, "avaliar a sua viabilidade".

"Ninguém fica privado do acesso aos serviços bancários, a custos baixos ou nulos, no caso da Caixa. Naturalmente estamos sempre disponíveis para olhar para a legislação existente e fazer as melhorias necessárias e possíveis", declarou.

Estas contas ou têm comissões "muito baixas", no caso dos bancos privados, ou são gratuitas, no caso da Caixa, frisou.

"É importante não perder de vista que, não só a Caixa cobra, em geral, comissões mais baixas do que os seus concorrentes diretos, como é difícil amputar a Caixa de um pilar essencial do seu plano de recapitalização, ainda por cima, porque este plano foi alvo de um acordo entre o Governo português e as instituições europeias", sustentou.

"Não podemos por em causa a solvabilidade da Caixa, o seu rácio de capital e o plano de recapitalização", vincou.

O BE anunciou hoje que vai exigir ao Ministério das Finanças garantias de que as comissões da Caixa se mantêm as mais baixas do mercado e, simultaneamente, avançar com uma iniciativa para alargar os serviços mínimos bancários.

"A Caixa Geral de Depósitos tem de ser uma garantia de boas práticas nos mercados e é por isso que, ainda hoje [quinta-feira] entregaremos uma pergunta ao Ministério das Finanças para que nos garanta e prove com factos e dados que, não só agora como no futuro, a CGD se compromete a praticar sempre as comissões mais baixas do mercado", anunciou Mariana Mortágua.

A vice-presidente da bancada do BE defendeu, por outro lado, a necessidade de alargar os serviços mínimos bancários, alargando as operações abrangidas, terminado com a limitação de ter contas partilhas com cônjuges pais, ou filhos.

O aumento de comissões cobradas pela Caixa Geral de Depósitos foi hoje levantado durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro, no parlamento, tendo António Costa respondido que o acionista Estado, que detém a totalidade do banco público, não interfere nos seus atos de gestão.

De acordo com a notícia hoje avançada pelo jornal Público, a CGD vai aumentar pela terceira vez as comissões cobradas aos clientes, incidindo agora sobre os clientes mais jovens e, indiretamente, também os pensionistas.

No primeiro caso, os clientes mais novos passam a pagar uma taxa pela manutenção de conta à ordem. Mas quem fizer levantamentos de dinheiro ao balcão do banco ou recorrer à 'caderneta' (prática ainda bastante comum entre pensionistas e clientes mais idosos) também vai pagar comissão, exceto as pensões até 835,50 euros.

O objetivo do banco é, segundo o jornal, incentivar os clientes para um maior uso dos cartões de débito e de crédito e outros recursos que não impliquem deslocações às dependências bancárias.

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