Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
16º
MIN 13º MÁX 19º

Marcelo "não quer maioria absoluta" nas próximas legislativas

No habitual espaço de comentário semanal, Francisco Louça analisou os dois primeiros anos de mandato do Presidente da República.

Marcelo "não quer maioria absoluta" nas próximas legislativas
Notícias ao Minuto

22:50 - 26/01/18 por Filipa Matias Pereira

Política Francisco Louçã

Marcelo Rebelo de Sousa cumpriu, no passado dia 24, dois anos desde que foi empossado com a Presidência da República. E o tema, naturalmente, não passou à margem da análise de Francisco Louçã, num habitual espaço de comentário na antena da SIC Notícias.

Tecendo uma retrospetiva sobre o mandato do Presidente, o político considera que Marcelo “deslocou a perceção tradicional das funções presidenciais e ganhou uma relação comunicacional muito forte que é o seu ponto essencial”.

Porém, este nível de comunicação “leva-o por vezes a comentar ambiguidades”, refere o comentador, dando inclusive como exemplo a situação em que Marcelo se dirigiu aos embaixadores dizendo que “em Portugal havia disponibilidade para ajustamentos do sistema representativo”. Para Louçã, provavelmente o Presidente quis “referir-se à descentralização, mas ficam ambiguidades quando há está sobreposição de palavra”, advoga. 

Os próximos anos de mandato da Presidência serão, na opinião do ex-coordenador do Bloco de Esquerda, “diferentes porque terminará entretanto o mandato do Governo. Nestes dois anos o presidente quer uma maioria coerente; quer estabilidade”. Para explicar o seu ponto de vista, o economista recorda que uma breve análise das duas últimas semanas reflete que “há questões que ainda estão pendentes porque há soluções que ainda não foram encontradas como para a gestão da dívida, dos saldos e da projeção orçamental”.

Francisco Louçã defende ainda que o Presidente não “quer maioria absoluta daqui a dois anos”, nas eleições legislativas, “porque isso diminuiria a sua capacidade de intervenção política”. Com efeito, se o “PS pudesse ter maioria absoluta, a direita estaria numa posição muito mais fragilizada do que está hoje e a função presidencial ficaria muito mais contida”. Para além disso, Marcelo “não deverá querer que o PS se vá alinhando para o apoiar e quererá ter a mesma independência em relação ao PSD para ter o seu papel projetado na política portuguesa sem estar muito preso à sua família política”.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório