CDS reitera disponibilidade para um pacto para a saúde
A deputada do CDS-PP Isabel Galriça Neto reiterou hoje estar disponível para um "pacto para a saúde", e defendeu que trabalhar como médica no privado não interfere com a sua "honestidade e verticalidade".
© cds.parlamento.pt
Política Isabel Galriça Neto
"Há dois anos o CDS respondeu afirmativamente ao apelo do senhor Presidente da República de um pacto para a saúde", afirmou Isabel Galriça Neto no parlamento, em resposta ao repto do deputado socialista António Sales de os centristas participarem num consenso para a revisão da lei de bases da saúde.
A intervenção de Isabel Galriça Neto ficou também marcada pela acusação do BE de que o CDS defende para a saúde o modelo de parcerias público-privadas e até convidou um quadro da Luz Saúde para um debate que promove hoje à noite sobre financiamento da saúde.
A deputada centrista, que é médica, fez questão de sublinhar que também ela é quadro desse grupo de saúde privado.
"Sim, trabalho na Luz Saúde. Não tenho nenhum problema, nada isso belisca a minha honestidade e verticalidade. Não temos preconceito ideológico. Preocupamo-nos com as pessoas e os resultados, os senhores põem o preconceito à frente das pessoas", respondeu Galriça Neto, convidando Moisés Ferreira a estar presente no debate de hoje à noite.
A deputada centrista concentrou-se a atacar a atuação do Governo na saúde e os partidos que o apoiam, designadamente BE, PCP e PEV, avançando que "seguramente que há lugar para apresentar propostas para o futuro e para reflexões sérias e fundamentadas".
"Do Governo esperamos, não apenas anúncios de investimentos público que se arrastam desde o início da legislatura - mas sim respostas concretas, como esperam os portugueses que todos os dias desesperam por melhores cuidados de saúde e em tempo útil", defendeu.
O PCP, através da deputada Carla Cruz, acusou o CDS de ter integrado um Governo que forçou a saída extemporânea de profissionais do Serviço Nacional de Saúde.
"Fazem hoje falta, é verdade, mas foi a política do PSD e do CDS que os obrigou a sair quando cortou salários, aumentou horários de trabalho, diminuiu o número de profissionais das equipas", defendeu.
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