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Congresso: Mulheres Social-Democratas querem estrutura autónoma

As Mulheres Social-Democratas vão entregar uma proposta de alteração estatutária ao próximo congresso para consagrar esta estrutura informal do PSD, mas estão disponíveis para adiar a discussão para uma futura reunião magna, apenas centrada na revisão das normas.

Congresso: Mulheres Social-Democratas querem estrutura autónoma
Notícias ao Minuto

16:49 - 24/01/18 por Lusa

Política PSD

Em declarações à Lusa, a presidente das Mulheres Social-Democratas (MSD), Lina Lopes, que apoiou o líder eleito Rui Rio na disputa interna, admitiu que a discussão estatutária poderia ganhar em ser feita num outro congresso, a realizar dentro de alguns meses e apenas dedicado à revisão dos estatutos, como sugeriu o antigo autarca do Porto na campanha interna.

"Este é um congresso eletivo, depois de uma disputa em que houve dois candidatos, é uma viragem de página e já terá muita história para contar", justificou Lina Lopes.

Por essa razão, a presidente das MSD disse que a estrutura está disponível, "caso o congresso assim decida", para que a proposta estatutária que defendem seja apenas debatida numa futura reunião magna, retirando-se a discussão dos estatutos da ordem de trabalhos do próximo Congresso.

O Congresso do PSD de 16, 17 e 18 de fevereiro vai realizar-se em Lisboa e, de acordo com deliberação do Conselho Nacional de 09 de outubro, será também de revisão estatutária. No entanto, em caso de deliberação do próprio Congresso, esta determinação pode ser alterada.

Na sua proposta de alteração estatutária, as MSD pretendem ser consagradas nos estatutos do PSD como estrutura autónoma, a par das outras três que já existem: a Juventude Social-Democrata, os Autarcas Sociais-Democratas e os Trabalhadores Sociais-Democratas.

As MSD querem ainda que os estatutos do PSD sejam revistos de modo a tornarem a sua linguagem inclusiva (em vez de se falar apenas em trabalhadores, exemplificou Lina Lopes, o texto deveria referir também trabalhadoras).

As Mulheres Social-Democratas irão entregar ainda uma proposta temática a debater no Congresso, intitulada "Concretizar a paridade no plano político, económico e social", que foi aprovada no último encontro nacional.

Durante a campanha interna, precisamente nesse encontro das MSD, a 18 de novembro, Rui Rio manifestou-se contra quaisquer alterações estatutárias a apresentar no próximo Congresso, defendendo que deveria ser realizada outra reunião magna para fazer o que chamou de "verdadeira revolução" no partido.

"Aquilo que defendo é fazer o que fiz quando era secretário-geral e o professor Marcelo Rebelo de Sousa presidente do partido: fizemos um congresso só para os estatutos", afirmou, considerando que discutir estatutos "em cima do joelho" num Congresso que serve para eleger novos órgãos só pode resultar "numa manta de retalhos".

"Neste momento, não mexia em nada e depois mexia a sério de cima em baixo, o que eu quero é justamente fazer uma revolução na forma de funcionar o partido", acrescentou.

Rio tinha sido questionado se concorda com a integração das Mulheres Social-Democratas nos estatutos do PSD, mas escusou-se a responder em concreto a esta pergunta, preferindo defender o princípio geral.

"Neste momento sou contra todas as alterações estatutárias no Congresso. Todas, sem exceção. O PSD tem de funcionar de modo diferente, e tem de ter uma alteração estatutária muito bem feita e muito bem pensada", defendeu.

A data limite para apresentação de propostas de alteração dos estatutos está marcada para 31 de janeiro - existindo outras propostas além da das MSD em preparação -, que é também a data para a entrega de propostas temáticas.

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