"Se não quer ser escrutinado e prestar contas, não vá para a política"
O pacote da transparência que o PS quer fazer aprovar está a gerar polémica, em especial no seio do próprio Partido Socialista.
© Joaquim Jorge
Política Joaquim Jorge
Nem todos os deputados socialistas estão de acordo com o chamado pacote da transparência que o PS quer aprovar no Parlamento.
Para Joaquim Jorge “este pacote já devia estar aprovado há muitos anos devido a todo o tipo de broncas e casos de corrupção” que vão sendo notícia.
O fundador do Clube dos Pensadores admite que “há políticos sérios e honestos”, mas adverte que “nos tempos que correm são exceção” e, por isso, sublinha que a “exigência de transparência é para todos os titulares de cargos políticos e altos cargos públicos”.
“É importante apertar as regras de conduta de quem exerce um cargo público”, defende, frisando que é “preciso regular a oferta de bilhetes, viagens e hospitalidade” ao mesmo tempo que lembra que “o problema não é só esse”.
Nesta senda, Joaquim Jorge refere que é preciso também apontar a mira na direção de “quem tenta influenciar os processos de decisão pública”, não deixando, contudo, de culpabilizar os “influenciados”.
“O pacote da transparência deve consagrar um reforço de incompatibilidades, a legalização da atividade do lóbi e regras de transparência no exercício de cargos públicos”, escreve num comentário enviado ao Notícias ao Minuto.
Assim, o biólogo de formação frisa que “este pacote não pode permitir a devassa da vida privada de quem exerce política”, mas defende que é “preciso criar leis claras” e que “todos devem prestar contas”.
“Se não quer ser escrutinado e prestar contas não vai para a política”, remata.
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